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Janeiro: homens sentem mais dificuldades financeiras do que as mulheres

Veja nesta galeria o que pode fazer já hoje para começar a poupar.
Guarda-roupa. Venda as peças que já não lhe interessam em lojas de roupa segunda mão, mercados ou sites gratuitos. Compre peças que permitam o máximo de conjugações possíveis. Também é preferível investir na qualidade e versatilidade da sua roupa, optando por isso por cores neutras e de cortes simples, básicos e intemporais. Aposte, ainda, nos arranjos: lá porque uma bainha se descoseu ou um bolso rompeu, existem muitas formas de consertar o que se estragou ou até dar nova vida a velhas peças.
Em casa. Cozinhe com os tachos tapados, reduza o número de vezes que abre o frigorífico, retire carregadores das tomadas quando não estão em uso, desligue as luzes e aparelhos nas divisões vazias, etc. Em suma: faça os possíveis para reduzir o consumo de energia e vai ver uma diferença na fatura ao final do mês. O mesmo se aplica ao consumo de água, que pode reduzir com pequenos truques, como o uso de redutores de caudal ou de uma garrafa cheia no autoclismo, além de substituir os banhos de imersão por duches rápidos.
Maquilhagem. Aproveite vales de desconto, promoções e saldos, assim como aderir ao cartão de cliente de perfumarias, farmácias, parafarmácias ou lojas de cosméticos/maquilhagem e usufruir dos benefícios associados. Aproveite também amostras gratuitas para experimentar produtos, evitando assim a compra de algo que pode acabar por não usar, são algumas dicas da assessora de imagem Alexandra Lopes (www.alexandralopes.com). Também são ótimas para utilizar em viagens. Por fim, opte por produtos que numa mesma fórmula hidratem, purifiquem e escondam imperfeições...
Compras de supermercado. Aproveite as promoções para comprar em quantidade, congele tudo o que puder e reduza as visitas ao supermercado ao máximo. Prepare uma tabela com indicação dos produtos que compra habitualmente e o respetivo valor. Leve-a consigo quando for às compras e nunca mais será enganada numa promoção. Por fim, faça o planeamento da ementa semanal. Vai, desde logo, notar uma redução significativa nas suas contas de supermercado, já que evitará o desperdício alimentar.
No emprego. Tome o pequeno-almoço em casa e leve os lanches e o almoço para o trabalho pelo menos quatro vezes por semana. É mais saudável, e provavelmente mais saboroso. Num mês consegue poupar dezenas de euros com esta pequena alteração.
Compre usado. Em sites como o OLX ou o eBay pode encontrar artigos usados em muito bom estado e a preço reduzido. Verifique pessoalmente a qualidade dos mesmo e esteja atenta à sua segurança caso os vá recolher pessoalmente.
Combustível. Principalmente se usa o carro para se deslocar diariamente procure os postos onde é mais barato e eventuais cupões de desconto associados a compras em algumas superfícies comerciais. Uma condução sensata também ajuda a manter as finanças mais saudáveis, assim como os tripulantes...
Crédito. Para poupar é preciso evitá-lo, o que implica algum planeamento. Se pretende passar férias, pagar seguros ou comprar um computador, por exemplo, vá poupando ao longo do ano de forma a pagar a pronto e evitar juros.
Aposte no online. Encontra maquilhagem, produtos de cosmética e de consumo diário muito mais baratos pois os sites não acarretam custos associados às lojas físicas. Pequise supermercados online como o Goodafter (https://goodafter.com/pt/mercearia-21 ou A Tua Despensa (https://www.atuadespensa.pt/pt/. Para estar certa das sua opções, recorra aos comparadores de preços como o Izideal, o Kuanto Kusta ou ShopMania.

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Janeiro foi, oficialmente, eleito pelos portugueses como sendo o mês mais complicado no ponto de vista financeiro. Poderíamos dizer que ele, pela sensação que imprime, corresponde a uma segunda-feira de todo um ano porque ninguém gosta especialmente dele. Esta é a conclusão do estudo realizado pela Intrum, no European Consumer Payment Report 2018. Uma investigação que diz ainda que os homens são quem mais sente dificuldades nesta época do ano.

Segundo os dados analisados, o sexo masculino reportou mais contrariedades financeiras neste mês comparativamente com as mulheres. Perto de metade dos portugueses entrevistados, 43% , admitiu ter emprestado dinheiro a alguém para ajudar a pagar uma ou mais contas. Num panorama geral, 30% dos inquiridos reconheceu que janeiro é o mês mais complicado neste setor.

O início do ano é, muitas vezes, uma autêntica dor de cabeça para os portugueses. Há toda uma ginástica necessária quer para pagar contas que venham do ano anterior, quer porque se refletem nesta altura as despesas acrescidas das festividades como o Natal ou Passagem do Ano. Estas ainda se fazem sentir na carteira.

Se 21% das mulheres admitiu que sente mais dificuldade em gerir as suas contas neste mês, 28% dos homens relatou o mesmo problema. Já a nível Europeu, são as mulheres que mais se queixam sobre as dificuldades financeiras sentidas neste mês – 32% das mulheres face a 27% dos homens.

O mesmo relatório mostra ainda as faixas etárias mais afetadas sobre a temática: dos 50 aos 64 anos e dos 25 aos 34 são os que sentem mais pressão sobre a sua situação económica neste mês, com percentagens que vão dos 34% aos 32%, respetivamente. De seguida, aparece a faixa etária compreendida entre os 25 e os 49 anos, com 28% a sentir dificuldades neste mês.

Relatório anual: há novidades este ano

O European Consumer Payment Report deste ano vem acompanhado de algumas novidades, nomeadamente sobre empréstimos de dinheiro. Se 43% dos portugueses admitiu já ter emprestado dinheiro a alguém para ajudar a pagar uma ou mais contas, certo é que 17% não espera receber o montante que adiantou a outros. A nível europeu, os valores são bastante semelhantes, uma vez que 40% dos inquiridos referiu já ter emprestado, sendo que 17% já não tem expectativa de o voltar a ver.

Pede-se dinheiro emprestado para pagar contas da água, do gás e da luz

Os inquiridos portugueses afirmam ter emprestado dinheiro a amigos (36%), irmãos (25%), filhos (22%), pais (16%), namorado/a (13%) e colegas de trabalho (7%). A nível europeu as percentagens situam-se nos 34%, 24%, 23%, 18%, 15% e 8%, respetivamente.

O relatório da Intrum refere ainda que o dinheiro é utilizado, essencialmente, para o pagamento de contas de gás, água e eletricidade (21%), rendas (19%), dívidas pendentes (13%) e de cuidados de saúde (médicos e dentistas) (11%).

Para Luís Salvaterra, diretor-geral da Intrum, “janeiro é um mês de recomeços e é aconselhável que as pessoas façam um planeamento das suas despesas de forma a evitar o endividamento”. “Pedir dinheiro emprestado a um mutuário ou a um banco tem um significado diferente para as pessoas. Os empréstimos podem ajudar-nos a alcançar os nossos sonhos, mas não devemos pedir dinheiro emprestado para além das nossas capacidades”, recomenda.

Percorra a galeria de imagens e veja algumas formas de poupar.

Imagem de destaque: Shutterstock

Doutor Finanças: “Começamos o mês a aumentar a riqueza dos mais ricos. Se fui eu que trabalhei, primeiro vou pagar-me a mim”