Jornalista que acusou Trump de violação há quase 30 anos avança para tribunal

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[Fotografia: Craig Lassig/EPA]

O caso teve lugar há quase 30 anos, mas conhece agora novos desenvolvimentos. A jornalista e escritora E. Jean Carroll submeteu uma queixa civil contra o ex-presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, no tribunal de Nova Iorque, acusando-o de violação.

Atualmente com 78 anos, Carroll foi uma das muitas mulheres que acusaram o ex-chefe de Estado norte-americano logo na sequência das denúncias no âmbito do #MeToo. Agora, a jornalista invoca a Lei de Sobreviventes Adultos de Nova Iorque, que entrou em vigor esta quinta-feira, 24 de novembro, exigindo que Trump seja julgado por um júri, por crime de “violação e toque forçado”. A acusação pede ainda uma indemnização em valor indeterminado por danos causados.

Recorde-se que, de acordo com o que foi revelado à data, a jornalista tinha 52 anos quando o alegado crime teve lugar, falou sobre ele a colegas e jornalistas, mas não avançou judicialmente por se sentir culpada do que aconteceu.

Agora, a acusação invoca, segundo noticiam as agências internacionais, danos psicológicos e económicos que se estendem no tempo, levando a “perda de dignidade e autoestima” e incapacidade de refazer a sua vida “desde o dia em que Trump a violou”.

O novo clausulado que entra agora em vigor, permitirá, nos próximos 12 meses, denúncias de violações e outras agressões sexuais independentemente do ano em que o caso teve lugar. E, de acordo com os órgãos de comunicação norte-americanos, espera-se que cerca de 750 mulheres avancem judicialmente contra alegados agressores por casos de abuso sexuais nas prisões e prevêem-se novas acusações ao já falecido milionário Jeffrey Epstein. A lei em vigor indica que o crime prescreve ao fim de cinco anos.