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Lena Dunham remove útero para pôr fim às dores

Percorra a galeria e conheça alguns sintomas desta doença que, em Portugal, atinge cerca de 240 mil mulheres. Números aproximados, claro. [Fotografias: Shutterstock]
Para algumas mulheres, as relações sexuais podem ser tendencialmente dolorosas, agravando-se durante a menstruação.
A dor na região inferior do abdómen e pélvica é um dos sintomas mais comuns, variando de intensidade consoante o ciclo menstrual. Dores que se tornam mais intensas antes e durante a menstruação.
Irregularidades, sangramento menstrual intenso e manchas a anteceder a chegada do período também podem ser elementos indicativos da presença de endometriose.
Os sintomas também variam consoante o local onde o tecido se encontra. Estando presente no intestino grosso, poderá haver inchaço abdominal, alterações do trânsito intestinal, dores e até sangramento. Na bexiga, pode haver perda de sangue, havendo também dor. Nos ovários e mediante formação de uma massa, esta pode romper-se e provocar dores súbitas, agudas e intensas.
A endometriose severa poderá estar na origem da infertilidade uma vez que os tecidos que se multiplicam podem bloquear a passagem do óculo do ovário.

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Aos 31 anos, a estrela da série Girls revelou que decidiu pôr fim às debilitantes dores provocadas pela endometriose e submeteu-se a uma cirurgia para remover o útero. A notícia desta decisão radical foi feita num ensaio publicado na edição norte-americana Vogue.

Após sucessivos episódios de internamento hospitalar, Lena Dunham concluiu que só fazendo uma histerectomia – cirurgia de remoção do útero – poderia aliviar as dores. Com esta opção, a atriz não poderá conseguir engravidar. Decisão, de resto, muito ponderada por Dunham. “Nunca tive uma única dúvida sobre ter filhos. Em criança, estaria a comemorar“, escreveu.

Hoje, e arredado o humor que lhe é caraterístico, a estrela e criadora da série Girls acrescentou: “Com dores desta dimensão, nunca serei capaz de ser mãe de ninguém. Mesmo que pudesse engravidar, não teria nada para oferecer.” Por isso, desistiu de “ter mais tratamento, de mais dor, de mais incerteza”.

Num relato detalhado e emocionado de todo um processo cirúrgico que teve lugar em novembro, a atriz revela detalhes dos últimos momentos de decisão, das conversas que teve com enfermeiros e médicos, da sala de operações, do estado – mais grave do que se poderia imaginar – do seu útero e da sua recuperação.

Doença afeta 240 mil portuguesas

O número está longe de estar fechado, mas estima-se que, com maior ou menor gravidade, a endometriose afete mais de 240 mil mulheres portuguesas, com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos (o que equivale a dizer que se trata da idade fértil). Os números foram calculados tendo por base os Censos de 2011. Na galeria acima, fique a conhecer os sintomas desta doença silenciosa e debilitante.

Fotografia: Reuters

 

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