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Mulheres portuguesas entre as que menos praticam desporto

20 anos: Nesta idade o corpo encontra-se nos seus níveis máximos de resistência e elasticidade. Como os músculos têm memória, esta é uma boa altura para começar com exercícios de alta intensidade que moldem a silhueta. Aos 20, um programa adequado inclui pesos, cardio ou aeróbica e um tempo para alongamentos. Exercícios recomendados: Treino de alta intensidade, ginástica aeróbica, running, spinning e zumba.
30 anos: É o momento de melhor forma física, ideal para trabalhar zonas específicas como os glúteos, braços e pernas. O corpo pede intensidades mais moderadas e de forma prolongada. No geral, interessa queimar a gordura e fortalecer a resistência do coração. Exercícios recomendados: cardio, aeróbica, running de forma moderada, CrossFit, Body Combat ou TRX
40 anos: Atrasar o envelhecimento e manter a tonificação e a resistência física são os objetivos. Com a perda de massa muscular é importante evitar também a perda da força realizando exercício cardiovascular e desporto de menor impacto. Exercícios recomendados: Exercícios de impacto médio, natação, bicicleta, yoga e pilates.
50 anos: Há que aumentar a precaução para evitar lesões e de forma constante. A ginástica traz muitos benefícios tanto a nível muscular como hormonal. Os desportos de mobilidade articular e os exercícios para bons hábitos de postura triunfam. Exercícios recomendados: Yoga, Pilates, Tai Chi e as suas vertentes aquáticas e caminhadas a passo acelerado.
60 anos: As alterações do corpo deixam-no mais propenso a sentir dores, rigidez muscular e mais cansaço que anteriormente. Independentemente da sua condição física, deve optar por exercícios que melhorem a parte aeróbica, a flexibilidade, o fortalecimento dos músculos e o equilíbrio do corpo. Exercícios recomendados: Natação, hidroginástica, bicicleta e caminhadas regulares.
70 anos: À semelhança das recomendações para os 60 anos, os exercícios devem ser mais leves, bem como os movimentos da hidroginástica. É importante exercícios para o aumento da densidade óssea e da massa muscular que atuam para a prevenção das quedas.

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Mais de um terço dos portugueses pratica atividade física regular, com os homens a aderirem mais aos exercícios, principalmente na faixa etária entre os 25 e os 34 anos, segundo dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), realizado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

No Dia Mundial da Atividade Física, que se assinala esta sexta-feira, 6 de abril e que visa promover a prática de atividade física junto da população e mostrar os benefícios do exercício, o inquérito revelou que 2,3 milhões de portugueses (34,2%) praticam alguma atividade física regular, ou seja, pelo menos uma vez por semana e de forma a transpirar e a sentir cansaço.

Na galeria acima fique conhecer quais os exercícios físicos para as mulheres e melhor adaptados a cada idade.

Olhando para fora de portas e para a Europa, Portugal é o país onde mais pessoas dizem nunca ou raramente praticar exercício. Segundo o Eurobarómetro de final de 2017, que auscultou mais de 28 mil cidadãos europeus, 74% dos portugueses diz não estar a praticar exercício físico – ou a fazê-lo raramente -, mais 14% do que a média europeia.

Falta de dinheiro e baixos recursos promovem sedentarismo

Acompanhando e corroborando as conclusões do estudo INSEF, as mulheres (78%) são quem menos se mexe fisicamente, valor que compara com 68% dos homens. Níveis de educação mais baixos e maiores dificuldades financeiras empurram portugueses para o sedentarismo.

Ora, o relatório do INSA vem apontar isso mesmo. A atividade física regular é mais comum entre pessoas empregadas (38,4%) e entre quem completou o ensino superior (49,6%).

Entre os que têm o ensino secundário, a prática de atividade física é seguida por 43,2% da população inquirida, sendo que 32,3% dos que têm o segundo ou terceiro ciclo fazem desporto. Entre os que não têm nenhuma escolaridade ou apenas o primeiro ciclo, a prática de atividade física regular abrange 18,8% da população.

Mulheres mais obesas, homens com mais problemas cardíacos

Segundo o mesmo relatório do Instituto Nacional, a falta da prática de exercício físico promove uma mais alta taxa de obesidade nas mulheres (32,1%), embora os homens demonstrem maior propensão para o excesso de peso (45,4%) e para a obesidade abdominal (76,2%). O mesmo estudo indica que a hipertensão arterial e a diabetes predominam no sexo masculino, com 39,7% e 12,1%, respetivamente.

A prevalência destas doenças aumenta com a idade, verificando-se os valores mais elevados entre os 65 e os 74 anos (71,3% no caso da hipertensão; 41,3% na obesidade; 88,1% na obesidade abdominal; 23,8% na diabetes)”, lê-se nas conclusões deste inquérito, que aponta ainda exceções. “Verificaram-se valores mais elevados de prevalência de excesso de peso entre os 45 e os 54 anos (43,7%) e de colesterol total elevado entre os 55 e os 64 anos (80,1%), sem diferença significativa em relação ao grupo etário entre os 65 e os 74 anos (79,2%)”

Realizado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), o INSEF estudou 4.911 pessoas (2265 homens e 2646 mulheres), na sua maioria em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos. A região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela onde se pratica mais atividade física regular (40,3%), seguindo-se o Algarve (39,9%), o Alentejo (34,2%), o Norte (30%) e o Centro (28%).

CB com Lusa

Imagem de destaque: Shutterstock

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