Noite feminina nos Grammy com Swift a fazer história

FILES-US-ENTERTAINMENT-MUSIC-MEDIA
[Fotografia: SUZANNE CORDEIRO / AFP]

Taylor Swift tornou-se este domingo, 4 de fevereiro, a primeira artista a vencer o Grammy de Melhor Álbum pela quarta vez, com a consagração de Midnights na 66.ª edição dos prémios da Academia de Artes e Ciências de Gravação.

“A minha cabeça está a explodir”, disse Taylor Swift no discurso de aceitação do maior prémio da noite em Los Angeles. “O meu prémio é o trabalho. Adoro tanto isto”, continuou. “Tudo o que eu quero é continuar a fazer isto”.

Até agora, apenas três artistas, todos masculinos, tinham vencido o Grammy de Álbum do Ano três vezes: Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder. O apresentador dos Grammy, o comediante Trevor Noah, notou o caráter histórico da vitória de Taylor Swift mais que uma vez.

A cantora levou Lana Del Rey, que também estava nomeada, para o palco na hora de receber a estatueta, tecendo-lhe enormes elogios.

“Muitos artistas não estariam aqui a fazer o que fazem se não fosse por ela”, afirmou, dizendo que Del Rey “está no seu auge” e que tem sorte de ser sua amiga.

Numa noite dominada por vencedoras no feminino, Taylor Swift venceu não só Álbum do Ano como Melhor Álbum Pop Vocal.

Quando recebeu a primeira estatueta, Swift anunciou o lançamento do seu próximo álbum, que será intitulado The Tortured Poets Department e vai sair a 19 de abril. A cantora, que estava nomeada para seis Grammy, também considerou que o prémio é “um reflexo da paixão dos fãs”.

A cerimónia decorreu na Crypto.com , baixa de Los Angeles, e foi palco de outros momentos históricos. O cantor Billy Joel, de 74 anos, apresentou o seu primeiro single em três décadas, Turn the Lights Back On.

A cantora Annie Lennox interpretou uma versão da canção Nothing Compares 2 U, em homenagem a Sinéad O’Connor, e deixou uma mensagem no final. “Artistas pelo cessar-fogo”, disse a cantora. “Paz no mundo”.

As palavras de Lennox foram a exceção numa cerimónia que se cingiu à música e à arte e não enveredou por mensagens políticas, ao contrário do que aconteceu em edições anteriores.

A portuguesa Maria Mendes, que estava nomeada na categoria Melhores Arranjos, Instrumentais e Vocais” com a canção “Com que Voz, não venceu o Grammy. A estatueta foi entregue a In the Wee Small Hours of the Morning.

 

LUSA