Do ‘melhor que o homem pode ter ‘ao ‘melhor que o homem pode ser’. Esta é a nova mensagem da Gillette, marca de produtos de higiene masculina, e que quer pôr termo à “masculinidade tóxica”. Um slogan que deita por terra uma frase – que em Portugal tem sido traduzida por ‘O melhor para o homem’ – com mais de três décadas.

Numa clara e intencional associação ao #MeToo, movimento de denúncias de assédio sexual, a P&G, grupo proprietário da marca, quer arrancar pela raiz este tipo de comportamentos machistas, mostrando, no novo anúncio divulgado no domingo, 13 de janeiro, imagens de assédio masculino sobre as mulheres, retratos que têm sido aceites como normais pela sociedade.

“Boys will be boys” (os rapazes são sempre rapazes, em tradução literal) é uma das frases comuns e recorrentes nas culturas das múltiplas sociedades e que a Gillette quer ver mudada. No vídeo acima poderá ver o anúncio da marca de lâminas de barbear no original e em inglês e onde é feita a pergunta: “É isto o melhor que um homem pode ter?”.

O anúncio não está, contudo, a ser bem recebido pelo público-alvo da marca de produtos de barbear, a julgar pelo número de comentários negativos e depreciativos ao vídeo do mesmo, no Youtube. Um risco assumido, desde logo, pela Gillette.

“É tempo de tomar consciência de que as marcas, como a nossa, desempenham um papel que influenciam a cultura”, justificou a marca numa nota à comunicação social e citada pelos meios de comunicação norte-americanos. No mesmo comunicado, a P&G quer apresentar-se como “uma empresa que encoraja os homens a serem o melhor de si mesmos, temos a responsabilidade de garantir que promovemos uma imagem positiva, tangível, inclusiva e saudável do que representa ser um homem”.

Uma adesão a uma causa que surge, também, na posição oficial da Associação de Psicologia Americana e que sustenta que “a masculinidade tradicional é “prejudicial” para homens e rapazes.

Imagem de destaque: Captura de ecrã

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