O futuro chega cada vez mais rápido. O tempo voa e, quando se trata de tecnologia, viaja à velocidade da luz. Muito daquilo que em pequenos víamos nos filmes já é realidade, e em 2017 ainda mais será. Aqui está o que nos espera.
Realidade Virtual, Realidade Aumentada e Hologramas
A Realidade Virtual (que substitui o mundo real por um mundo simulado) não é propriamente uma novidade. A Realidade Aumentada (que adiciona elementos virtuais ao mundo real), por sua vez, é um pouco menos conhecida, mas já começa a aproximar-se de nós. Quem não tem ainda fresco na memória o jogo Pokémon Go? Não pode haver melhor exemplo de Realidade Aumentada do que este.
Agora, a Microsoft com o seu novíssimo HoloLens junta ambas – Realidade Virtual e Aumentada – e com este ‘casamento’ traz hologramas ao nosso mundo. O produto chega ao mercado em 2017 e traz com ele muitas novidades para o universo dos Head Mounted Displays (esta categoria à qual os HoloLens pertencem, que são uma espécie de grandes óculos que encaixamos na cabeça).
Este é um mercado que vai disparar nos próximos anos. Os equipamentos serão cada vez mais precisos, terão cada vez menos (ou nenhuns) fios, e – aqui está o mais interessante – não serão só para os jogos. Entrarão nas nossas casas, nas atividades mais insuspeitas, ajudar-nos-ão em diversas atividades como reformar e decorar a casa, por exemplo, ou a trabalhar nas mais variadas áreas: Engenharia, Medicina, Educação, entre outras.
Drones solidários
Sempre que um novo produto sai do papel e chega ao nosso dia-a-dia, parece vir desprovido de um sentido real. São brinquedinhos que vamos usando sem objetivo específico senão para interagir com a novidade. Mas é aí, desculpem a lamechice, que se faz magia e a mente humana começa a desenvolver o conceito de uma forma admirável, atribuindo-lhe as características e funções mais variadas.
Tudo isso para dizer que os drones começam a encontrar propósitos mais importantes do que o mero entretenimento ou o simples suporte para fotografia à distância. É verdade, não me esqueci da espionagem e das armas de guerra, mas em 2017, estes objetos voadores ganharão um sentido humanitário. Começarão a ser usados, por exemplo, para transportar medicamentos e outros bens de primeiríssima necessidade de forma urgente para regiões de difícil acesso e de uma forma muito mais barata do que até hoje era possível. Ajudarão a encontrar pessoas em situação de perigo, como nas buscas após grandes catástrofes, e, entre muitas outras atividades nobres, serão também usados para chegar a zona de alto risco, como edifícios em situação precária e zonas de incêndio, de forma a poupar vidas humanas.
Máquinas, equipamentos e aplicações mais inteligentes
Já há muito que se fala de Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina (Machine Learning), mas agora são conceitos mais concretos e palpáveis. Já andam nas nossas carteiras (nos smartphones) e nas nossas casas, assim como nas cidades em que vivemos. E a tendência é que isso aumente vertiginosamente, deixando de ser simplesmente casos exemplares na ponta do icebergue.
Estes conceitos giram em torno da forma como as máquinas aprendem sozinhas, a seguir uma lógica muito semelhante à dos nossos cérebros. É o caso das lojas online que sugerem produtos antes mesmo que pensemos neles, partindo do que aprendem com as nossas compras ou com as visualizações que fazemos a produtos semelhantes. Ou das sugestões de músicas e filmes em plataformas como o Spotify ou o YouTube. Há também sites que já geram notícias através de Inteligência Artificial a partir de dados reais, como é o caso de algumas notícias simples do meio financeiro apresentadas pela Yahoo e pela Associated Press.
A aprendizagem não pára. Refina-se e caminha não só para a deteção de emoções como para a da criação artística por parte dos computadores. O céu é o limite e estaremos todos cá para testemunhar esta evolução quase inevitável.
Carros autónomos e cidades inteligentes
A Internet das Coisas entra num novo estágio. À medida que começa a ganhar espaço real, a tendência é que os produtos deixem de ter uma relação exclusiva com o seu utilizador e passem a interagir entre si e com o meio em que se situam.
Os carros autónomos já são uma realidade (ainda que não estejam acessíveis aos comuns dos mortais). Foi o que vimos na Web Summit, com o modelo da BMW a mostrar que não se trata de magia nem de ficção científica mas de pura realidade. E o fabricante alemão não está só neste mundo, os protótipos da Tesla e da Google são alguns dos mais falados, e ainda há outros tantos.
O que nem sempre se fala é que para além de não precisarem de um condutor, estes veículos hão de interagir com a cidade em que se encontram e com os outros veículos de forma a que a circulação automóvel nas zonas urbanas seja otimizada e os acidentes reduzidos. É verdade que não será em 2017 que veremos tudo isso, mas esta é uma das áreas em que o investimento é grande e em que se irá trabalhar de forma intensiva.
Rede 5G
Para que tudo isso possa acontecer, é preciso uma Internet mais rápida e com maior largura de banda. Esta nova tecnologia promete ser 20 vezes mais veloz do que a sua antecessora, a 4G, e será capaz de dar o suporte necessário e eficaz para a Internet das Coisas.
Esta próxima geração de conexão móvel sem fio é a quinta geração (daí o nome 5G) e também estará muito mais preparada para os vídeos de alta qualidade (4K) e para a tecnologia holográfica (a da HoloLens). Fazer o download de um vídeo UHD 4k demorará apenas 10 segundos. Nada mal!