Parecenças com os amigos mais próximos? Não é coincidência, entenda o motivo

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[Fotografia: Pexels/Julia Larson]

Mesmo corte de cabelo, mesma altura, mesma morfologia, mesma maneira de pensar e agir. As pessoas são, muitas vezes, parecidas com os amigos mais próximos. E isso não é coincidência. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Dartmouth, divulgado pelo jornal New Zealand Herald, isso deve-se às conexões neurais. O estudo, realizado com um grupo de 279 pessoas em 2019, mostrou que pessoas que se consideram amigas muito próximas costumam ter as mesmas reações a estímulos externos.

Os pesquisadores pediram a alguns participantes que nomeassem quais dos restantes pertenciam ao seu círculo de amizades próximas. Em seguida, mostraram uma série de vídeos com conteúdo político, social ou musical. Graças a uma ressonância magnética, eles puderam analisar a reação inicial de cada um dos participantes a esses clipes. Aqueles que eram grandes amigos tiveram quase as mesmas respostas.

O papel do ambiente

Nicholas Christakis, sociólogo entrevistado pelo New Zealand Herald, explica que as amizades são resultado da hemofilia social. Todos os amigos, colegas ou conhecidos partilham ideais e até certos hobbies.

E fisicamente?

Involuntariamente, a maioria das pessoas acaba por eleger amigos com quem têm, efetivamente, parecenças físicas. Chama-se a este fenómeno doppelgänger. Esta palavra alemã que, para os amantes da série “Diários de um Vampiro” não é desconhecida, significa sósia. Este fenómeno explica o porquê dos casais que estão juntos há muito tempo, nutrirem alguma semelhança física. O excesso de convivência pode levar a alterações morfológicas do ser humano.