
Mais de ano e meio após a invasão russa do território ucraniano, a primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, passou por várias fases emocionais relativamente ao conflito, passando de “uma sensação constante de adrenalina” até descobrir que era “necessário” acalmar-se e a aceitar viver “com as condições existentes”.
Numa entrevista pessoal dada à estação britânica BBC, a mulher de Volodymyr Zelensky fala do impacto que a guerra teve na família, nos filhos e nela própria. “Isto pode ser um pouco egoísta, mas preciso do meu marido e não de uma figura histórica ao meu lado”, afirmou na conversa onde abordou os sonhos interrompidos e adiados dos dois filhos: Oleksandra, de 19 anos, e Kyrylo, com dez anos.
“Dói-me ver que meus filhos, jovens, a não planearem nada. A minha filha tem 19 anos. Eles sonham com viagens, com novas sensações, emoções. Ela não tem essa oportunidade”, descreve a mãe, de 45. Já o filho, Olena Zelenska diz que “sente a falta do pai”. “Não vivemos juntos com o meu marido, a família está separada. Nós temos oportunidade de nos vermos, mas não tão regularmente como gostaria”, revela. “Existem limitações de tempo no que é possível ser feito, elas existem e, de alguma forma, tentamos viver dentro delas”, explica.
“Acredito nele. Apoio-o”
“Ele [o marido, Volodymyr Zelensky] é uma pessoa muito forte e resiliente. E essa resiliência é o que todos nós precisamos agora”, afirmou. Apesar da falta que sente dele, como confidenciou nesta entrevista, Olena assegura que ele “tem de facto a energia, a força de vontade, a inspiração e a teimosia para enfrentar esta guerra”. “Acredito nele. Apoio-o. Sei que ele tem força suficiente”, acrescentou.