Procuram-se voluntários para reduzir o sal na alimentação

Se tem entre 20 e 70 anos, reside na área metropolitana de Lisboa e quer mudar os hábitos alimentares, aprender a ler corretamente os rótulos informativos dos produtos e, acima de tudo, cortar no sal que tem à mesa, então, esta pode ser a oportunidade que procura.

Até ao final do mês de fevereiro, o movimento Menos Sal Portugal, quer encontrar 500 voluntários – homens e mulheres – para integrar o estudo, no âmbito do qual serão acompanhados por nutricionistas e terão de fazer análises regulares para medir a eficácia da investigação. Uma inscrição que pode ser feita através do e-mail [email protected], identificando o nome completo, idade, zona de residência e local de trabalho.

“Os dados recolhidos serão apenas usados para os fins científicos deste estudo e não haverá qualquer encaminhamento para a aquisição de produtos específicos”, garante ao Delas.pt fonte oficial da plataforma que está a ser promovida pela CUF e pelo Pingo Doce. A análise decorrerá ao longo de 12 semanas, incluindo, revela o mesmo elemento, “sessões de formação, uma linha telefónica permanente e aconselhamento personalizado por nutricionistas aos participantes durante as suas compras alimentares semanais”.

Naquele período, os voluntários “serão aconselhados sobre as formas de reduzir o sal adicionado durante a confeção das refeições, nomeadamente por ervas aromáticas e similares, aprenderão ler e interpretar os rótulos dos alimentos, optando por alimentos com menor quantidade de sal (NaCl) ou sódio (Na), e serão motivados a consumir alimentos ricos em, entre outros elementos, potássio”, lê-se no comunicado. Na galeria acima, pode já ficar a conhecer algumas alternativas ao sal.

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Segundo a mesma nota enviada à redação, “os voluntários terão acompanhamento gratuito por uma equipa de nutricionistas, oferta de vales de compra Pingo Doce e acesso a informação que lhes permitirá ter hábitos de vida mais saudáveis”. A coordenadora do estudo, Conceição Calhau explica, em comunicado, que “o sal adicionado no momento de confeção dos alimentos contribui em 29,2%, o pão e as tostas, 18,5%, a sopa, 8,2% e os produtos de charcutaria e carnes processadas têm um contributo de 6,9%.”

Recorde-se que o sal está associado a a doenças cardiovasculares e 2,3 milhões de mortes anuais a nível mundial. Em Portugal, refere a mesma fonte e citando o estudo PHYSA – Portuguese Hypertension and Salt Study , estima-se em “dois milhões o número de hipertensos”.

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