Quase nove em cada dez mulheres viram êxito ‘rebaixado’. Eis a síndrome da papoila alta

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[Fotografia: Pexels/Gustavo Fring]

Conhece a síndrome da papoila alta? Apesar de ter nome de flor, a verdade é que é que um motivo de discriminação para as mulheres. Esta síndrome está ligada à ambição de uma mulher em contexto de trabalho, mais especificamente com o facto de as mulheres serem bem-sucedidas.

De acordo com a revista australiana Marie Claire, a discriminação para com as mulheres ambiciosas é tanta que ganhou um nome, Síndrome da Papoila alta, a que se evidencia, gerando reações negativas à sua volta.

Originalmente, tal como descrito na Universidade de Canterbury, Australia, tal está ligado a processos de desempenho como vigilância e dependência na tomada de decisões, resolução de problemas, criatividade e qualidade do trabalho e o impacto gerado nos colegas.

Em 2018, o tema foi estudado e Rumeet Billan, investigadora canadiana, publicou um estudo sobre a questão. A pesquisadora inquiriu mais de 1500 profissionais sobre a sua relação com a ambição e as respostas coletivas que recebiam ao se destacarem no trabalho.

Quase nove em cada dez (87,3%) das entrevistadas referiram que o seu sucesso já foi criticado e rebaixado pelo menos uma vez. Já 70% relataram sentir que o sucesso levou a alguma forma de punição, verbal ou não.

Um dos efeitos secundários desta situação pode ser destrutivo. De acordo com o estudo de 2018, 69,5% das pessoas referiu que a resposta negativa ao seu trabalho afetou a sua produtividade. Cerca de 60% terá ponderado deixar o seu cargo.