Quem sofre de enxaquecas tem maior probabilidade de ter um derrame. As mulheres correm os maiores riscos

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[Fotografia: Pexels/Andrea Piacquadio]

Quem sofre de enxaqueca têm maior probabilidade de sofrer um derrame antes dos 60 anos, afirma uma nova pesquisa. Além disso, as mulheres que sofrem dessa doença podem enfrentar um risco maior de ataque cardíaco.

Pesquisadores na Dinamarca descobriram que as pessoas que sofrem de enxaquecas possuem um risco maior de sofrer um derrame isquémico, onde um coágulo sanguíneo bloqueia uma veia no cérebro. No entanto, o risco de ataque cardíaco e derrame hemorrágico – onde uma artéria no cérebro rebenta – parece ser exclusivo do sexo feminino.

A líder da pesquisa, Cecilia Hvitfeldt Fuglsang, da Universidade de Aarhus, explica que os estudos anteriores sugeriam o aumento do risco de um AVC, afetando principalmente mulheres jovens. Esse ponto foi o foco principal do novo estudo.

A análise da equipa de investigadores revelou que ambos os sexos que sofrem da doença tiveram um risco aumentado de acidente vascular cerebral isquémico. Todavia, o estudo mostrou que as mulheres podem ter um risco mais elevado de ataque cardíaco e derrame hemorrágico, em comparação com os homens e a população em geral.

A pesquisa, publicada na PloS Medicine, sugere que as mulheres são mais afetadas pelas enxaquecas. Além disso, os pesquisadores enfatizam a importância de aplicação de terapias preventivas direcionadas.

Os tratamentos para enxaquecas geralmente envolvem estratégias preventivas, como medicação diária, injeções de botox e inibidores do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP), e estratégias sintomáticas (agudas), como analgésicos, triptanos, ergotaminas, medicação anti-náusea e opióides.