Saiba o mal que faz perder 1 hora de sono por dia

O sono é reparador. Por isso se compreende que o dia corra pior depois de uma noite mal dormida – às vezes até nos sentimos como se estivéssemos doentes. A verdade é que dormir mal todas as noites nos torna mais vulneráveis a doenças, diz um estudo publicado recentemente no jornal científico ‘Sleep’.

O Instituto Nacional de Saúde norte-americano sugere que um adulto durma 7-8 horas por dia, para evitar o que chamam “défice de sono”. Acontece que o número de horas que cada pessoa precisa de dormir é determinado por diversos fatores – sendo que os genes são responsáveis por 31-55% do nosso padrão de sono. Os horários de trabalho, o choro dos filhos pequenos, a hora a que lemos o último email, um filme ou série que passa na televisão competem todos para nos afastar cada vez mais do objetivo saudável de uma boa noite de sono.


Ver também os artigos:
Os cortes de cabelo para o verão de 2017
Preste atenção à doença do sono que causa AVC silenciosos
O que vai estar mesmo na moda nos casamentos em 2017


Estudos sugerem que dormir pouco está associado a diversos problemas de saúde, quer sejam cognitivos como metabólicos, cardiovasculares ou imunológicos.

Este estudo recente, liderado por Nathaniel Watson, co-diretor do UW Medicine Sleep Center no Harborview Medical Center, comparou hábitos de irmãos gémeos idênticos. Descobriu então que, dos dois, aquele que dorme menos uma hora por noite revelou alterações nos genes que regulam o sistema imunológico.

Nathaniel Watson e a sua equipa quiseram neste estudo despistar algumas dúvidas. A primeira prende-se com a influência direta da genética no que toca ao número de horas que cada pessoa deve dormir – daí que o estudo tenha incidido em 11 pares de gémeos idênticos. A segunda tem a ver com o facto de estudos anteriores basearem-se sempre na privação extrema de sono para medir os efeitos na saúde. Mas este estudo foi aplicado em pacientes no ambiente da sua própria casa, durante 14 dias.

O tempo médio de sono medido a este grupo de gémeos foi de 7,3 horas, mas entre cada par havia uma diferença de 64 minutos – um deles dormia regularmente menos uma hora do que o outro. Ainda assim, estes que passavam menos tempo na cama não se queixaram nunca de qualquer problema de saúde por causa deste hábito. Porém, análises ao sangue revelaram que a resposta imunológica do irmão que dormia menos era mais baixa – ou seja, tinha mais dificuldades em combater uma doença – do que no outro.