Senador democrata diz que Trump não deve resignar por acusações de assédio

O senador democrata Doug Jones, recém-eleito pelo Estado do Alabama, considerou que o Presidente norte-americano, Donald Trump, não deve ser destituído por causa das acusações de assédio e ataque sexual.

Jones fez o comentário no domingo, apenas alguns dias depois de ter vencido as eleições no Estado do Alabama.

“Não penso que o Presidente deva resignar neste momento. Vamos ver como as coisas evoluem. Mas de certeza que estas alegações não são novas e ele foi eleito com estas alegações bem presentes”, disse Jones.

A afirmação de Jones sucede a uma vitória, num Estado onde os democratas não venciam há 25 anos, devida em grande parte às alegações de que o seu opositor republicano, de 70 anos, Roy Moore, se tinha envolvido em relações sexuais impróprias com raparigas adolescentes, quando era vice-procurador, há quatro décadas.

“Penso que precisamos de avançar e não ser distraídos por estas questões”, afirmou Jones, um ex-procurador, de 63 anos.

Durante a campanha eleitoral para as presidenciais, em 2016, o próprio Trump foi objeto de várias acusações de assédio sexual por parte de mulheres, às quais acusou de mentir.

Porém, nas últimas semanas, a embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas, Nikki Haley, afirmou que as mulheres mereciam ser ouvidas e várias senadoras democratas, incluindo Kirsten Gillibrand, eleita pelo Estado de Nova Iorque, defenderam a resignação de Trump.

Mas, no domingo, Jones disse que as acusações contra Trump já eram conhecidas antes de 2016.

“Penso que precisamos de avançar e não ser distraídos por estas questões”, afirmou Jones, um ex-procurador, de 63 anos, acentuando: “Vamos tratar dos problemas reais que as pessoas deste país enfrentam agora”.