Têxtil português disponibiliza recursos e diz que “Europa está refém da China”

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[Fotografia: DR]

O setor têxtil está já em conversações e em investigações de novos materiais para colocar os recursos à disposição do combate ao Coronavírus. Em declarações ao Delas.pt, o presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção (ANIVEC), César Araújo, revela que “esta iniciativa pretende disponibilizar o setor ao serviço do Governo no combate” à epidemia do Coronavírus.

De acordo com o responsável, está em cima da mesa a produção de “máscaras, proteções para os pés, batas, calças, equipamento cirúrgico”. “Estamos a ver especificidades dos produtos e temos já o nosso centro tecnológico, o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE), a desenvolver ideias”, refere.

Para César Araújo, “a Europa está refém da China” por isso “estamos agora a desenvolver materiais, tecidos”, ainda que parte dos equipamentos estejam sujeitos a parecer do Infarmed.

“Estamos a trabalhar a 100% nos nossos centros tecnológicos e estamos a procurar, em conjunto com os empresários, estruturas que sejam solução. A Europa não produzia nada disto e temos de arranjar alternativas”, sublinha ao Delas.pt, denunciando: “Tudo isto é culpa de políticas europeias que criaram uma globalização desequilibrada. China não deixa as matérias-primas virem ou se vêm, chegam a preços elevados, por isso temos de encontrar uma alternativa rapidamente”, justifica.

O objetivo é começar o quanto antes – congregando todos e de todo o país, mas o presidente da ANIVEC não avança com datas. Reitera apenas que a associação quer “encontrar as melhores soluções para a população e para os profissionais que a tratam”.

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