União Europeia define plano de ação para pôr fim à desigualdade salarial

Nove em cada dez europeus crê que a promoção da igualdade de género é importante para eles mesmos, para a sociedade e para a economia. Por outro lado, se 90% dos europeus diz que não é aceitável que as mulheres aufiram menos, 64% são a favor da transparência salarial como caminho para pôr termo à esta disparidade.

No dia em que o Eurostat vem dizer que os homens ganham, em Portugal, mais 17,8% do que as mulheres, acima da disparidade salarial média na União Europeia (UE 16,3%), esta entidade anuncia um plano de ação a dois anos, até 2019, com o propósito de encurtar distâncias em matérias de rendimentos.


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Esta segunda-feira, a Comissão Europeia anunciou um conjunto de oito medidas concretas – que pode ficar a conhecer ao detalhe, na galeria acima – para pôr fim à desigualdade entre homens e mulheres nos estados-membros. Propostas para serem escutadas e desenvolvidas no Parlamento Europeu, mas também pelos estados-membros.

Na verdade e a nível europeu, as mulheres auferem, em média, menos 16,3% do que os homens e a disparidade não tem diminuído nos últimos anos. Segundo o comunicado da Comissão Europeia divulgado esta segunda-feira, 20 de novembro, “tal deve-se ao facto de elas estarem mais desempregadas, operam nos setores menos bem pagos, recebem menos promoções, têm de fazer interrupções na carreira e executam mais trabalho não remunerado.

“As mulheres continuam a estar sub-representadas nos cargos de chefia, tanto na política como nas empresas“, disse a comissária Justiça, Consumidores e Igualdade de Género, Vera Jourová.

A comissária acrescentou que “as disparidades salariais entre homens e mulheres devem acabar porque a independência económica das mulheres é a sua melhor proteção contra a violência“.

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