Uma mulher despiu-se no tapete vermelho do Festival de Cinema de Cannes, em França, para revelar o seu corpo pintado nas cores da bandeira ucraniana com as palavras “Parem de nos violar” num protesto, na sexta-feira, 20 de maio. Vestindo cuecas manchadas de vermelho, o manifestante gritou e posou para os fotógrafos antes de ser conduzido por seguranças.
O protesto interrompeu brevemente o desfile de convidados em trajes de noite, incluindo Tilda Swinton e Idris Elba, presentes na estreia de seu filme “Três Mil Anos de Saudade”, de George Miller.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no mês passado que investigadores receberam relatos de “centenas de casos de violação em áreas anteriormente ocupadas por tropas russas, incluindo agressões sexuais a crianças.
Zelensky, um ex-ator e comediante, lançou um apelo em vídeo por ajuda para seu país na cerimónia de abertura de Cannes na terça-feira.
A guerra já foi um tema importante no festival, com uma exibição especial na quinta-feira de “Mariupolis 2”, um documentário do diretor lituano Mantas Kvedaravicius, que foi morto na Ucrânia no mês passado, alegadamemte por forças russas.
Os cineastas sitiados da Ucrânia terão um dia especial no mercado da indústria no sábado, e um de seus diretores mais promissores, Sergei Loznitsa, mostrará A História Natural da Destruição, sobre o bombardeamento de cidades alemãs na Segunda Guerra Mundial.
