Angelina Jolie e Brad Pitt. Alegadas agressões do ator detalhadas em processo judicial

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[Fotografia: CARL COURT / AFP]

A atriz de 47 anos afirmou no documento arquivado no tribunal em Los Angeles que Pitt a agrediu a ela e a dois dos seus filhos num voo particular, em setembro de 2016, quando os atores de Hollywood ainda eram casados. Detalhes que chegam agora ao público e que estão especificados em documentos judiciais citados pela imprensa americana nesta terça-feira, 4 de outubro.

“Pitt agarrou Jolie pela cabeça e abanou-a, depois agarrou nos ombros e sacudiu-a novamente antes de a empurrar contra a parede”, lê-se no texto, de acordo com o que foi noticiado pelo site Variety. “Pitt bateu no teto do avião várias vezes, forçando Jolie a sair da casa de banho”. “Quando uma das crianças defendeu Jolie verbalmente, Pitt atacou o seu próprio filho e Jolie agarrou-o por trás para o deter”, acrescenta o relato judicial.

“Para se soltar de Jolie, Pitt atirou-se de costas contra os bancos, ferindo Jolie nas costas e no cotovelo”, refere ainda. “Pitt apertou o pescoço a um dos filhos e bateu no rosto de outro. As crianças pediam que parasse. Estavam muito assustadas. Várias estavam a chorar”.

O ator, que acumula décadas de sucessos em Hollywood, foi investigado pelas autoridades federais, continua o documento, mas nenhuma acusação foi formalizada. A AFP entrou em contato com os representantes de Pitt para comentar as últimas alegações, mas não houve resposta.

Jolie iniciou o processo legal para o divórcio dias depois deste voo que surge citado nos documentos judiciais. Pais de seis filhos – três biológicos e três adotados -, Pitt e Jolie enfrentaram uma dura batalha pela custódia, que agora se prolonga devido aos bens patrimoniais em comum. Um deles, a quinta vinícola que o casal detém Chateau Miraval, em França. Há um ano, Jolie vendeu a sua parte da propriedade a Tenute del Mondo, uma filial do conglomerado de bebidas Grupo Stoli, do multimilionário russo Yuri Shefler.

Uma decisão que levou, em fevereiro, Pitt a abrir um processo, afirmando que “Jolie estava a infligir danos” com a venda. O documento registado afirma, então, que Shefler “mantém relações pessoais e profissionais com pessoas do círculo interno de Vladimir Putin”. Yuri Shefler, cujo Grupo Stoli é baseado na Letônia, tem há muito tempo sido uma voz crítica de Putin.

Pitt afirmou também que o casal tinha chegado ao acordo de não vender a parte sem o consentimento do outro, versão que Jolie nega. A atriz argumenta nos novos documentos que Pitt condicionou a sua compra à assinatura de um acordo de confidencialidade que “a proibiria de falar sobre o abuso físico e emocional” supostamente causados pelo ator.

Uma fonte próxima disse à agência noticiosa AFP que Jolie decidiu vender a sua parte da propriedade porque nem ela, nem seus filhos, “puderam voltar” ao Chateau Miraval, e que a atriz fez várias ofertas ao ex-marido antes de fechar o negócio com Shefler.

De acordo com a fonte, o processo de Pitt “é parte de uma falsa narrativa” e “a verdade ainda não veio à tona”. Pitt e Jolie se tornaram um casal depois de interpretarem assassinos no filme de 2005 “Sr. e Sra. Smith”. Naquela época, Pitt era casado com Jennifer Aniston.