Cinturas volumosas, costas drapeadas, saias pregadas na horizontal, brilhos pensados ao pormenor, cortes sereia irrepreensíveis e tons ora mais claros, ora mais escuros, mas em tonalidades mais sóbrias, menos garridas.
A passadeira vermelha desta 96ª edição dos Óscares, que está a decorrer esta noite em Los Angeles, nos Estados Unidos da América, vestiu-se a rigor, com corte preciso, para uma entrega de prémios em que o filme Oppenheimer é o mais nomeado e onde Portugal pode também deixar a sua marca: o realizador português Joaquim dos Santos pode sair vencedor. Mas já lá vamos!
A cerimónia é apresentada por Jimmy Kimmel, que iniciou a noite destacando os cinco minutos de atraso com que a sua intervenção começava, e referindo-se de imediato ao facto de Greta Gerwig não estar entre os nomeados à melhor realização, quando o seu filme Barbie soma oito nomeações, na sequência que dedicou aos candidatos a Melhor Filme.
Kimmel destacou ainda a atriz Lily Gladstone, protagonista do filme Assassinos da lua das flores, de Martin Scorsese, a primeira pessoa nativa norte-americana a estar nomeada para os Óscares, na categoria de Melhor Atriz.
Na categoria de Melhor Longa-Metragem de Animação está, entre outros candidatos, o Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, correalizado pelo português Joaquim dos Santos, com Kemp Powers e Justin K. Thompson.
Joaquim dos Santos, que nasceu em Lisboa em 1977 e vive desde a infância nos Estados Unidos, venceu este ano um prémio Annie, de cinema de animação, para melhor realização, juntamente com Powers e Thompson.
O filme 20 days in Mariupol, do jornalista Mstyslav Chernov, que relata o cerco a esta cidade ucraniana durante a invasão militar russa, está na categoria de Melhor Documentário, o que representa a primeira nomeação aos Óscares para a agência noticiosa Associated Press em 178 anos de história.
