Chiara Ferragni veste-se pela maternidade, direitos reprodutivos e empoderamento

Chiara Sanremo(1)
[Fotografia: Instagram/Chiara Ferragni]

Se na estreia elegeu o trabalho da diretora criativa da Dior Maria Grazia Chiuri para lutar, entre outras causas, contra o ódio online e pela libertação do corpo feminino, a escolha para a final para o encerramento do festival sanremo, em Itália, recaiu sobre a conceituada casa francesa Schiaparelli, que esteve sob polémica na Semana de Moda Paris por propostas que integravam esculturas de animais nas peças de roupa apresentadas.

Na primeira aposta com a assinatura de Daniel Roseberry, Ferragni apresentou-se com um vestido “a mulher e a mãe guerreira, em tons de azul composto por um busto em dourado e segurando um bebé também ele esculpido”.

[Fotografia: Instagram/Chiara Ferragni]
Numa segunda proposta, a escolha recaiu sobre uma peça pintada. Em “pintura corporal”, Chiara Ferragni e a casa italiana quiseram trazer à luz “o cunho dourado de um corpo de mulher estampado no azul” célebre Yves Klein. Uma peça que clama pela liberdade do corpo e fazer dele o que a mulher entender.

[Fotografia: Instagram/Chiara Ferragni]
Os direitos humanos também subiram ao palco da final, que teve lugar no fim de semana. Trata-se de um longo vestido preto de veludo adornado com um grande colar dourado em forma de útero e composto por várias partes do corpo “como símbolo do ativismo pelos direitos reprodutivos”, como explica na sua conta de Instagram.

[Fotografia: Instagram/Chiara Ferragni]
“O vestido e a joia desenhados especialmente por Daniel Roseberry para Schiaparelli lembram a todos que os direitos reprodutivos são direitos humanos”, acrescenta no Instagram “porque o acesso ao aborto seguro e à procriação assistida é uma questão de direitos humanos da qual não devemos desistir. Porque todo ser humano, homem ou mulher, deve poder decidir livremente sobre seu próprio corpo”.

Para finalizar, a empresária envergou uma criação que integrou géneros pelo empoderamento feminino. Com o coordenado “feminilidade masculina”, Chiara Ferragni lembrou que “muitos acreditam que, para ser levada a sério em determinadas áreas, a mulher deve adotar comportamentos masculinos ou vestir-se como homem para demonstrar capacidade de liderança”.

[Fotografia: Instagram/Chiara Ferragni]
Por isso, o conjunto blazer-calças surgia interrompido por um espartilho com músculos representados no abdómen e com recurso a pérolas brancas.