Se o uso de máscara em tempo calor traz novos desafios à pele, o outono e o inverno vão confrontar todos com a necessidade de proteção individual face à pandemia provocada pelo novo Coronavírus e a chuva. A eficácia está em causa? Que novos cuidados devem ser adaptados? E que hábitos podem ou devem ser mudados?
As máscaras cirúrgicas podem vir a ser mais eficazes em tempos de muita humidade, mais até das que as não cirúrgicas. Quem o refere é o epidemiologista francês, Alexis Hautemaniere, à revista francesa Madame Figaro.
Especialista do Centro Hospitalar Avranches-Granville explica que “as cirúrgicas são usadas pelos cirurgiões quando operam e para se manterem protegidos, por exemplo, das gotas de sangue”. Ora, prossegue, “a eficácia destas máscaras não deverá ficar muito prejudicada se uma vez molhadas com a chuva”. No entanto, trata-se de um uso único porque não devem ser depois recuperadas. “Quando a máscara fica encharcada, mesmo antes do número de horas máximo indicado, deve ser descartada imediatamente”, refere o médico.
Por contraposição, o epidemiologista considera que as não-cirúrgicas terão menos resistência à água, o que as define automaticamente como mais frágeis. No entanto, tal não significa que fiquem de fora. “O grau de proteção das máscaras é medido pela eletricidade estática das fibras do tecido que detém as gotas. Porém, se a máscara estiver molhada, essa eletricidade estática desaparece e as gotas passam mais facilmente”, justifica a Associação Francesa de Normalização (Afnor), citada pela mesma revista.
Em tempo de chuva, as máscaras de algodão podem ser aliadas porque podem ser lavadas, e deverão sê-lo com maior frequência porque só isso garante, até ao momento e ao que se sabe, a eliminação do vírus.
No entanto, não poderá arriscar sair de casa apenas com uma. Hautemaniere pede mesmo que leve mais do que duas para eventualidades, que não devem ser usadas húmidas nem sem antes voltarem a ser lavadas.