Da cama à regra dos 2/2/2: Caravanismo sem surpresas de última hora

Young Asian man traveler staying in the blanket looking at mountain scenery through the window in camper van in the morning. Road trip in summer of South Island, New Zealand.
[Fotografia: Istock]

Fazer caravanismo pode ser mais desafiante do que à partida possa pensar. Estando a ser considerada uma das formas mais seguras de fazer férias em tempo de pandemia, há muitos cuidados a ter e aspetos a verificar antes de iniciar a viagem, durante e após o término das férias. Tudo para que sejam momentos de férias e não de contratempos.

Antes de partir

Para lá das cinco regras a ter em conta antes de ligar a chave e partir em viagem, deve verificar alguns aspetos na caravana antes de dar início às férias. “É importante confirmar questões importantes como a localização da caixa que contém água suja e como esvaziá-la, uma vez que terá de o fazer durante a viagem”, refere porta-voz da Indie Campers. A empresa que aluga caravanas, aconselha ainda a verificação do espaço onde se vai dormir. “Se a autocaravana tiver cama convertível, é importante certificar-se de que sabe como manuseá-la”, aconselha.

A par destes cuidados, é recomendada a verificação do estado dos pneus, da “duração da bateria e informar-se sobre o funcionamento de equipamentos como frigorífico”, refere a empresa ao delas.pt.

Esquecer a documentação que permite conduzir a caravana está fora de hipótese. A título geral, é “necessária uma licença de condução de categoria B (a mesma requerida para um automóvel) e o condutor deverá ter mais de 18 anos de idade”. Geralmente, trata-se de veículos de classe 2, mas pode não ser. Este aspeto é particularmente relevante por uma questão de percurso – as estradas que melhor servem o propósito – e de custos, caso tenha de andar em autoestrada.

Durante a viagem:

Conduzir veículos de diferentes dimensões das que estamos habituados pode ser uma verdadeira dor de cabeça. Por isso, se a viagem que se prepara vai ser longa, é importante começar por experimentar num percurso mais curto para manobrar o veículo em estacionamento ou, por exemplo, marcha atrás.

A condução deverá ser muito mais lenta. O proprietário de uma empresa de caravanismo norte-americana Matt Kirouac recomenda, em declarações ao site HuffPost, que se deve reduzir 10 a 20 quilómetros à hora ao limite de velocidade aplicável. Alerta ainda para o vento, cujos efeitos são potenciados em veículos de maior dimensão. Por estas razões e pelas que dependem da própria viagem e da manutenção dos resíduos, é de esperar que a viagem dure mais do que o que se pensava.

Se se vai recorrer a GPS, é importante encontrar soluções que contemplem o caravanismo. Na verdade, nem todas as estradas sugeridas podem ser as mais adaptadas.

Durante as férias, recorra ainda à regra do 2/2/2. A máxima é dada ao site HuffPost por Jason Miller. O gestor e co-proprietário de um site de viagens em caravana aconselha a “não andar mais do que 200 milhas por dia (cerca de 300 quilómetros), chegar ao destino pelas duas da tarde e ficar, pelo menos dois dias.”

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