Com as novas normas referentes à época balnear, devido à pandemia causada pela Covid-19, especialmente no que diz respeito aos salvamentos dos nadadores salvadores e à lotação máxima das praias, há novos receios que se levantam e que ainda não têm resposta concreta.
O Delas.pt entrevistou Cheila Estrela, de 27 anos e nadadora salvadora desde 2014, bem como Alexandre Diogo, de 45 anos e profissional da área desde 1994, e ambos falaram sobre o mesmo receio: a fuga dos banhistas para as praias não vigiadas.
“Assusta-me muito que as pessoas estejam a ir para as praias não vigiadas e é natural que, havendo um limite na lotação, mais pessoas vão fugir destas zonas. Vai ser complicado”, desabafa a jovem nadadora. Também Alexandre partilha do mesmo receio, sabendo que esta já era uma situação complicada mesmo sem estarmos em plena pandemia face à Covid-19.
“Muitas vezes vemos pessoas em praias mesmo ao lado da nossa e que, mesmo não sendo da nossa jurisdição, acabamos por aconselhar a que venham mais para o lado de vigilância, de forma a evitar situações de perigo”, diz Alexandre Diogo. No entanto, prevê-se que com esta fuga para as praias não vigiadas, existam mais casos problemáticos e possíveis acidentes. E este é um dos maiores receios dos nadadores.
A verdade é que ainda não existem muitas respostas para esta temática, seja pelo aumento do número de nadadores salvadores, por um maior patrulhamento nestas áreas ou uma interdição às mesmas.
