Este é o tempo necessário de contacto com a natureza para se estar bem

É um dos maiores desafios das sociedades ocidentais: estar mais tempo em contacto com a natureza. O volume de trabalho, a vida pessoal e laboral feitas sobretudo dentro de portas, o exercício, muitas vezes, levado a cabo em recintos fechados são realidades muito comuns a todos.

Um estudo recente monitorizou mais de 20 mil pessoas e concluiu que os benefícios mentais e físicos da vida feita, em parte, em ligação à natureza – seja em parques ou em praias – começam a ser notados se se investirem duas horas semanais para atividades nesse tipo de cenários.

Os autores deste novo estudo elaborado em parceria com as universidades Médica de Exeter, no Reino Unido, e de Uppsala, na Suécia, quiseram averiguar a relação entre o tempo passado na natureza e saúde e bem-estar subjetivo notados pelos 20.264 participantes na investigação. Uma análise que, salvaguarda, teve em consideração dados como o género, a idade, a quantidade de exercício físico praticado com regularidade semanal, ter um animal doméstico e o estado civil.

De acordo com análise publicada na revista Scientific Reports, os ganhos só começam a ser notados nas pessoas que reportam duas horas semanais de contacto com a natureza. Abaixo daquele valor, os investigadores dizem não identificar resultados assinaláveis, bem como não reparam num maior efeito positivo acima do mesmo período referido.

“Há muitas razões que explicam por que passar tempo na natureza pode ser bom para a saúde e bem-estar, incluindo o ganho de perspetivas sobre as circunstâncias da vida, a redução de stress, a qualidade de vida com amigos e família”, refere Terry Hartig, um dos co-autores desta análise.

Considera o investigador que este estudo vem trazer dados que devem servir “de base para promover práticas de saúde em contacto com a natureza como forma de promover a saúde e o bem-estar básicos”.

Imagem de destaque: Shutterstock

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