O produtor cinematográfico norte-americano Harvey Weinstein, acusado de agressões sexuais por dezenas de mulheres, vai apresentar-se esta sexta-feira, 25 de maio, às autoridades judiciais nova-iorquinas.
As primeiras acusações de agressões sexuais e violações contra o todo-poderoso produtor de 66 anos surgiram em outubro de 2017, no âmbito do movimento #MeToo, em Hollywood, que levou as suas vítimas a identificarem-se e a divulgarem publicamente os abusos de que tinham sido alvo.
O advogado de Weinstein, Ben Brafman, inquirido sobre as circunstâncias desta apresentação do seu cliente às autoridades, escusou-se a emitir qualquer comentário.
Segundo o jornal New York Daily News, Weinstein – que desapareceu do olhar público a partir das primeiras revelações que o envolviam e estava supostamente a receber tratamento para viciados em sexo no Estado do Arizona – poderá ser formalmente acusado, hoje, de pelo menos um crime sexual, que remonta a 2004.
Trata-se da queixa apresentada por Lucia Evans, uma atriz estreante na altura, que afirma que o produtor a forçou a fazer-lhe sexo oral.
Em novembro, a polícia nova-iorquina indicou ter “um verdadeiro caso” contra Harvey Weinstein, que também está a ser alvo de investigação em Los Angeles e Londres.
Na sexta-feira, a confirmar-se a acusação formal, será a primeira contra o multimilionário caído em desgraça.
No total, mais de uma centena de mulheres testemunhou que o produtor de Hollywood tinha abusado sexualmente delas, um escândalo que desencadeou a campanha #Time’s Up, que levou à queda de centenas de homens em lugares de poder de numerosos setores.
Ator Morgan Freeman pede desculpa a mulheres que o acusaram de assédio