“Continua hoje e sempre o meu posicionamento público ao lado das mulheres, dos seus direitos e da sua saúde”. É com este argumento que a atriz Jessica Athayde revela que pôs termo à sua parceria com a Prozis após declarações polémicas do fundador, Miguel Milhão, que se posicionou pelo fim da lei federal Roe v. Wade e que permite que os estados – alguns já puseram em marcha – proíbam o direito ao aborto.
Para a atriz, “todas as vozes vão ser necessárias neste momento tão grave em que o mundo regride à frente dos nossos olhos”. “Posicionem-se e usem a voz”, pede Jessica Athayde numa publicação feita no Instagram
Já na segunda-feira, 27 de junho, as atrizes Marta Melro e Diana Monteiro tinham deixado claro posicionamento semelhante. A primeira anunciou deixar de ser embaixadora da marca e a segunda revelou que punha termo a seis anos de trabalho em conjunto. Estes são porém, alguns nomes que se juntam a influencers e apresentadoras.
Por oposição, Miguel Milhão, CEO da marca de produtos de nutrição desportiva, tem repartilhado algumas mensagens de apoio à marca após as polémicas declarações, reafirmadas em vários media, e segundo as quais considerou: “Parece que os bebés que ainda não nasceram têm os seus direitos de volta nos Estados Unidos! A natureza está a curar-se!”
Aliás, participou num podcast interno da empresa no qual reiterou a sua posição e não só. Fundador da Prozis explicou durante meia hora a posição polémica sobre o fim do aborto, reagiu a críticas e relatizivou as celebridades que rescindiram a parceria por considerarem que a opinião do investidor não respeita os direitos das mulheres. Miguel Milhão não muda uma vírgula e diz que Portugal não é assim importante para marca
Na terça-feira, 28 de junho, a psicóloga, comentadora Joana Amaral Dias publicou um novo anúncio com produtos da Prozis.
Nesta mensagem, a também psicóloga clínica elencava produtos da marca agregando-os a descontos associados a um código com o seu nome.
Na crónica de 26 de junho, publicada no Diário de Notícias, Joana Amaral Dias apresentou-se como “pró-escolha (com limites e várias reservas)”. “Mas não estou indignada com, após quase meio século, os EUA terem proibido o direito à interrupção voluntária da gravidez”, escreveu, elencando cinco razões para este posicionamento. Apesar das diversas tentativas, não foi possível chegar à fala com ex-deputada até ao momento, mas pode ler a crónica intitulada “Agora Chora” na íntegra aqui.