O tribunal da instância superior confirmou a pena de prisão perpétua para Marco Silva, o português no Luxemburgo que foi considerado culpado e condenado do assassínio da ex-companheira, Ana Lopes.
Recorde-se que a mulher, então com 25 anos, foi dada como desaparecida pela família a 15 de janeiro de 2017, tendo o carro sido encontrado dois dias depois, em território francês, em Roussy-le-Village. Lá dentro, a autópsia confirmou tratar-se do corpo carbonizado de Ana.
Marco Silva, de 33 anos, foi detido seis meses após o homicídio da ex-namorada, com quem tinha um filho. A relação de ambos tinha já terminado mas prosseguia marcada por ameaças e agressões físicas.
O recurso interposto por Marco Silva, único suspeito do crime, culmina agora na reconfirmação da pena, que terá mesmo de cumprir: a de prisão perpétua. O homem, natural de Viseu e emigrado no Luxemburgo, tem estado detido no Centro Penitenciário de Schrassig, no Grão Ducado, há três anos e meio.
Nas alegações finais do julgamento, em novembro, a defesa pediu a absolvição por “falta de provas”. O Ministério Público pediu pena máxima para Marco, que rejeitou sempre as acusações de homicídio, realçou a “frieza chocante” do crime e reiterou que o português matou Ana “três vezes”: Quando a matou, quando incendiou a viatura com a ex-companheira lá dentro e quando assassinou o caráter da ex-namorada, denegrindo a imagem dela durante todo este tempo.
