Margaret Atwood soma novo prémio de literatura. Bernardine Evaristo também recebeu Booker prize

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Margaret Atwood [Fotografia: DR]

A canadiana Margaret Atwood e a britânica Bernardine Evaristo venceram, em conjunto, o prémio Booker, o mais prestigiado prémio literário de língua inglesa, anunciado.

Margaret Atwood, que é a quarta figura a conquistar duas vezes o prémio, foi galardoada pela sequela de A História de uma Serva, intitulada The Testaments, livro-sensação do outono, que a Bertrand disse à Lusa, há algumas semanas, não saber ainda se vai ou não editar.

A história de The Testaments é narrada por três personagens femininas e passa-se 15 anos após a cena final de Offred, a protagonista do primeiro livro, o momento em que a porta da ‘van’ preta bate e a personagem está prestes a ser levada para um futuro incerto ou de liberdade, ou de mais tortura e prisão, ou até mesmo de morte. Atwood já tinha vencido em 2000 com “O Assassino Cego” (editado em 2009 pela Bertrand em Portugal).

Bernardine Evaristo, que ficará na história por ter sido a primeira mulher negra a ganhar o prémio.

Nascida de pais ingleses e nigerianos, Bernardine Evaristo é autora de oito livros e ensina escrita criativa na Universidade de Brunel, em Londres. O livro com que venceu o Booker Prize conta a história de 12 personagens dos séculos XX e XXI, a maior parte das quais são mulheres negras a viver no Reino Unido.

Os livros vencedores foram escolhidos entre 151 submetidos, abrangendo o universo de livros escritos em inglês e publicados no Reino Unido e na Irlanda entre 01 de outubro de 2018 e 30 de setembro de 2019. Em 2018, o Booker foi atribuído a “Milkman”, da escritora irlandesa Anna Burns.

Com um valor monetário de 55.760 euros, o prémio literário Booker foi criado em 1969 e é atribuído a autores de qualquer nacionalidade desde que tenham escrito uma obra em língua inglesa e publicada no Reino Unido.

Imagem de destaque: Reuters

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