Margarida da Dinamarca abdica do trono: “A 14 de janeiro deixarei de ser a rainha”

Denmark Queen Margrethe
Rainha Margarida da Dinamarca [Fotografia: Ida Marie Odgaard / Ritzau Scanpix / AFP) / Denmark OUT

A rainha Margarida II da Dinamarca anunciou no domingo, 31 de dezembro, que vai abdicar do trono em favor do filho e príncipe herdeiro Frederico com efeitos a partir de 14 de janeiro, depois de 52 anos como chefe de Estado.

O anúncio foi feito no habitual discurso televisivo de final de ano da rainha, que aos 83 anos é a monarca viva com mais tempo de reinado.

Margarida II, que após a morte da rainha de Inglaterra, Isabel II, se tornou na única mulher à frente de uma casa real reinante na Europa, explicou no seu discurso que a cirurgia às costas a que se submeteu em fevereiro a fez pensar no futuro “e se teria chegado o momento de deixar a responsabilidade à geração seguinte”.

“Decidi que agora é o momento certo. A 14 de janeiro de 2024, 52 anos após suceder ao meu querido pai, deixarei de ser a rainha da Dinamarca”, disse Margarida II, que se referiu ao “desgaste” do tempo.

Quer na Dinamarca, quer nas outras monarquias nórdicas, não há tradição de abdicar, e o habitual é os monarcas exercerem o mandato até à morte. Margarida II já tinha afirmado publicamente não ter intenções de abandonar o trono e que a condição de rainha “era um dever para toda a vida”.

O primogénito, de 55 anos, assumirá o trono no mesmo dia da abdicação da mãe, depois de um Conselho de Estado, e reinará com o nome de Frederico X. “Esta noite quero sobretudo agradecer, agradecer o apoio e carinho esmagadores que recebi ao longo dos anos”, disse a monarca, que pediu “a mesma confiança e afeto” para o futuro rei e para a mulher, a princesa Mary.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, agradeceu em comunicado à rainha a “sua dedicação de uma vida e incansável trabalho em prol da Dinamarca”.

Príncipe Frederico irá assumir o trono após ter sido protagonista da polémica de alegada traição à mulher Mary Donaldson com Genoveva Casanova, em novembro.

Imagens de paparazzi do príncipe Frederico da Dinamarca, de 55 anos, a passear em Espanha ao lado de Genoveva Casanova, de 47, em Madrid, Espanha, no mês de outubro, e publicadas na edição da revista “Lecturas”, na terça, 7 de novembro, agitaram as águas da monarquia europeia.

A socialite pediu um desmentido vincando que as afirmações comprometem não só a sua reputação como a do príncipe herdeiro da Dinamarca.

Segundo Genoveva Casanova, as razões do encontro ter-se-ão devido ao facto de ambos terem um amigo em comum com o príncipe, de este ter ficado de ser anfitrião de Frederico na sua passagem por Espanha, mas ter sido impossibilitado de o fazer.

De acordo com a versão de Genoveva Casanova à publicação, acabaria por ser ela a fazer essa visita devido ao facto de o amigo de ambos ter adoecido. Assim sendo, Genoveva esteve com o príncipe na visita ao museu Thyssen, ao Parque do Retiro e assistiram juntos a um espetáculo de flamenco, à noite.