Maria de Lurdes Rodrigues é a nova reitora do ISCTE

maria de lurdes rodrigues

A ex-ministra da educação é a primeira mulher a dirigir o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.

Maria de Lurdes Rodrigues foi eleita esta sexta-feira à tarde Reitora do ISCTE, uma das escolas superiores do país com mais relevo nas áreas da economia, gestão e ciências sociais. A eleição que disputou com mais três candidatos deu-lhe uma larga maioria: 22 em 33, ou seja, 66,6(6) por cento dos votos.

Maria de Lurdes Rodrigues ficará à frente dos destinos do ISCTE, instituto de que é professora associada com agregação, até 2022. A antiga ministra da educação do governo de Sócrates, tinha afirmado na apresentação escrita da sua candidatura a importância de ter finalmente uma mulher na liderança da escola. “Em toda sua história, nunca o ISCTE-IUL foi presidido por mulheres e, nos últimos 12 anos, nenhuma mulher ocupou os cargos de Reitora, de Vice-Reitora ou de Presidente do Conselho Científico, do Conselho de Curadores ou do Conselho Geral”. Realidade esta que é uma das bases para a sua candidatura, com a qual visa “dar uma oportunidade à promoção da igualdade de género”.

Naquele documento, que o DN divulgou em janeiro, a ex-governante definia as prioridades da sua equipa, desde logo tornar o “ISCTE-IUL como instituição de conhecimento avançado, fazendo decorrer deste princípio os seus objetivos centrais, os critérios-chave da sua ação, as suas regras e a sua organização, nos domínios do ensino, da investigação e da relação com a sociedade”; potenciar “o perfil de instituto universitário” do Instituto, “valorizando a sua posição no sistema universitário do país, promovendo a sua reputação em todas as áreas disciplinares que integra, bem como a interdisciplinaridade e a colaboração com outras instituições de ensino superior”.

Também desenvolver “permanentemente a qualificação e o desenvolvimento profissional de docentes, investigadores e funcionários, estimulando a autonomia académica e a capacidade de inovação” e, finalmente, promover o “diálogo permanente com os estudantes, as condições do seu sucesso educativo e de democratização do acesso e frequência do ISCTE-IUL, independentemente das suas condições económicas”.