Mulheres e exercício físico. As duas razões que as deixam atrás na corrida, segundo DGS

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[Fotografia: Bruce Mars/Unsplash]

Em dia Mundial da Atividade Física, que se assinala esta quarta-feira, 6 de abril, há mais uma perspetiva que olha para o sexo feminino e que revela a discrepâncias evidentes entre géneros, até na prática de exercício.

O relatório do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física (PNPAF), da Direção-Geral da Saúde (DGS), relativo a 2021, deixa bem claro que as mulheres fazem quase o dobro de tarefas domésticas que os homens, inscrevendo este alinea na prática não estruturada de atividade física. “Quanto às atividades do dia a dia, as tarefas domésticas continuam a prevalecer nas mulheres (84.7% vs. 46.3% nos homens) e o subir e descer escadas como forma de se manter ativo é reportado por cerca de 62% dos inquiridos, uma opção que ganhou força no confinamento (50%) e parece ter vindo para ficar”, refere o estudo.

De outro ponto de vista, quando mais velhas, elas têm, de forma mediana, quase 50% a menos do tempo para a prática moderada, numa diferença semanal na ordem dos 40 minutos face aos homens. “A mediana de prática de atividade física de intensidade moderada por parte dos utentes avaliados era de 120 minutos por semana na categoria etária dos 15 aos 29 anos; 70 minutos por semana na categoria etária dos 30 aos 69 anos; e 40 minutos por semana na categoria etária dos 70 anos ou mais, sendo inferior nas mulheres (50 minutos) comparativamente aos homens (90 minutos)”.

Refere o documento que, apesar das diferenças, os portugueses aumentaram os seus níveis de atividade física no ano passado, com mais de metade (54,3%) a apresentar níveis adequados para a promoção da saúde, valores que melhoraram relativamente ao primeiro ano da pandemia.

Segundo os dados do estudo, feito em parceria com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, ser mulher, ter idade inferior a 45 anos e perceção de má situação financeira e de saúde está associado a um aumento do risco de menores níveis de atividade física e de mudança para um perfil alimentar pior.