A maioria dos viajantes atuais são mulheres. De acordo com um estudo da George Washington University School of Business, cerca de dois terços das pessoas que viajam são do sexo feminino.
Além disso, as mulheres representam hoje 54% dos viajantes mais abastados, com rendimentos anuais na ordem dos 223 mil euros, ou mais, quando em 2010 correspondiam a 42%, de acordo com a empresa de marketing ligada ao segmento das viagens, MMGY Global.
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Muitas dessas mulheres viajam sozinhas ou acompanhadas, exclusivamente, por outras mulheres, podendo fazê-lo com o seu grupo de amigas ou com as mães e outros familiares do sexo feminino. São de todas as idades, mas a geração millennial vem reforçar a tendência ainda mais.
Ao jornal americano ‘Boston Globe’, Ann Fishman, que deu aulas de marketing geracional na Universidade de Nova Iorque e é autora do livro “Marketing to Millenial Woman”, afirmou que esta é uma geração que cresceu com o hábito de viajar, além de ser aventureira. “Elas viajaram pelo mundo com as suas famílias ou quando foram estudar para fora. Trata-se de jovens mulheres muito empoderadas, muito autoconfiantes e que, provavelmente, conhecem alguém nos países de destino”.
Mas entre as viajantes e turistas, há mulheres de todos os perfis: mulheres que nunca casaram e que têm uma carreira bem remunerada, assim como casadas cujos maridos não partilham o mesmo gosto pelas viagens ou tiram dias de férias que não coincidem com os seus; ou mulheres que simplesmente querem ficar sozinhas.
Apesar do crescimento da presença feminina no segmento das viagens, só agora o setor começa a adaptar os seus negócios a este público. Por outro lado, continuam a existir destinos, que pelas suas leis, ou cultura apresentam limitações à segurança e livre circulação das mulheres que os visitam
Esta semana o ministro do Turismo da Índia, Mahesh Sharma, avisou as mulheres que estejam a planear visitar o país para não usarem minissaias, vestidos curtos ou andarem sozinhas à noite, por “razões de segurança”.O país onde são reportados diariamente 92 casos de violação de mulheres é, de resto, o primeira da lista de 10 estados mais perigosos para as mulheres viajarem sozinhas, segundo o ranking anual da International Women’s Travel Center.
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