Natal poupado: Como ‘esticar’ o bacalhau, o azeite e o peru e ‘cortar’ na energia

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[Fotografia: Pexels/MD Sohel]

Sem comprometer a festa, mas também sem arrasar com orçamento, a associação de Defesa do Consumidor DECO deixa à Delas.pt recomendações que a podem ajudar a fazer o milagre da multiplicação à mesa, do controlo de custos na cozinha, da poupança na carteira, mas sem subtrair na alegria.

Um processo que deve começar ainda antes da aquisição dos produtos e que só termina quando todos estiverem à mesa já depois do Natal passar. E sim, ainda está a tempo de fazer as escolhas mais acertadas, garante especialista daquela entidade.

A jurista do Gabinete de proteção Financeira da DECO lembra que a “antecedência” na compra é de ouro nesta altura do ano. “Optar pelo comércio de proximidade e comprar com tempo, podendo comparar os preços. Nesta altura do mês, ainda há muitas superfícies comerciais que fazem descontos. À medida que o Natal se vai aproximando, os bens vão encarecendo”, lembra Elisabete Policarpo. Para tal, é preciso comparar tudo: “Unidade, quilo, litro, planear tudo e adequar ao plafond, sabendo que falamos de produtos que podemos comprar com antecedência e congelar até lá.”

Olhando ao detalhe, especialista sublinha a importância de, “no caso do bacalhau, comparar o salgado, o congelado, o embalado, comparar entre grandes superfícies e comércio local, e fazer o mesmo com o azeite ou peru”. Elisabete Policarpo vinca que “dividir os encargos entre todos também acaba por ser uma ajuda”.

Criatividade no fogão e à mesa

A preparação da ceia pode também ser um momento para poupança. “Muitas das vezes, o que podemos fazer para rentabilizar a comida passa por triturarmos a carne ou desfiarmos o peixe acaba por render muito mais. Depois, podemos colocar couves, legumes, permitindo rentabilizar muito mais a alimentação”, explica Elisabete Policarpo. As sobras são mesmo para aproveitar e para as refeições seguintes, com o recuso “à típica roupa velha”. E até pode inspirar-se em algumas receitas que pode rever aqui.

Na hora da confeção, o uso de gás e eletricidade também deve ser acautelado. “Se se prevê a utilização do forno, é importante tentar adequar a temperatura à necessidade que existe de cozedura do alimento, não abrir constantemente a porta e, se possível, cozinhar mais do que um alimento na mesma altura”, revela a jurista da DECO.

Presentes e créditos

E como o Natal não acontece apenas à mesa, é tempo de olhar para os presentes. E também aqui há fórmulas a ter em conta. “Ter um orçamento vai permitir esticar o nosso rendimento e rentabilizar, procurando não utilizar cartões de crédito que, nesta época, são uma tentação”, alerta Elisabete Policarpo, sublinhando que estas soluções rápidas chegam muitas vezes com “taxas de juro mais altas”.

A jurista do Gabinete de Proteção Financeira recomenda que seja feita “uma lista de presentes com plafond para cada um, definir os prioritários” e, se possível, recorrer à criatividade. “Se gosto de cozinhar, posso fazer um doce e oferecer no Natal”, recomenda a especialista.