Número de casais com ambos elementos desempregados diminui

pexels-cottonbro-studio-8453939
[Fotografia: Pexels/Cotonbro]

O número de casais com ambos os elementos no desemprego caiu 11,2% em novembro em termos homólogos para 4.720, tendo subido 3,46% em cadeia, informou o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

“Do total de desempregados casados ou em união de facto, 9.440 (8%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no Serviço de Emprego, totalizando 4.720 casais desempregados, em novembro de 2022, o que representa 11,2%, quando comparado com o período homólogo do ano anterior”, refere o IEFP na informação estatística divulgada.

Aquele número, indica o IEFP, representa uma descida de 11,2% face ao número de casais desempregados registado há um ano, mas uma subida de 3,46% comparando com outubro.

Os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego, quando tenham dependentes a cargo.

Segundo o IEFP, no final de novembro estavam registados no continente 281.063 desempregados, dos quais 41,8% eram casados ou viviam em situação de união de facto, perfazendo um total de 117.477.

O instituto informa ainda que o desemprego registado nos serviços de emprego do continente diminuiu 13,4% face ao período homólogo e aumentou 2,8% em relação ao mês anterior.

Relativamente ao total de desempregados casados ou em situação de união de facto, observa-se uma diminuição de 11,6% (-15.452 desempregados) face a novembro de 2021 e um acréscimo de 2,2% (+2.513) relativamente a setembro de 2022.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 14,2% em novembro em termos homólogos, para 296.723, o melhor desempenho neste mês desde que há registo, informou hoje o IEFP, que registou um aumento de 2,6% em cadeia.

Desemprego registado baixa 14,2% e alcança melhor novembro desde que há registo

Segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em novembro havia mais 7.598 desempregados inscritos do que no mês anterior e menos 49.161 do que em novembro de 2021.

Ao longo do mês de novembro, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 54.348 desempregados, mais 7.206 (+15,3%) do que no mesmo mês de 2021, e 3.768 (+7,4%) do que em outubro.

De acordo com o instituto, “para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2021, na variação absoluta, contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-44.018), os que procuram novo emprego (-45.681) e os inscritos há 12 meses ou mais (-50.516)”.

Quanto ao desemprego jovem (pessoas com menos de 25 anos), registou um aumento em cadeia de 1,2% em novembro (+380 jovens) e uma diminuição de 13,5% (-5.143 jovens) face ao período homólogo.

A nível regional, no mês de novembro, o desemprego registado no país, em termos homólogos, diminuiu em todas as regiões, com destaque para a região autónoma da Madeira (-33,3%) e da região do Algarve (-18,0%).

Em relação ao mês anterior, as regiões dividiram-se entre decréscimos (três) e acréscimos (quatro) no desemprego, sendo a maior variação na região do Algarve (+62,7%).

A nível setorial, registaram-se descidas homólogas em todas as atividades económicas, tendo-se as variações mais significativas verificado, por ordem decrescente, na ‘indústria do couro e dos produtos do couro’ (-27,9%), ‘fabrico veículos automóveis, componentes e outro equipamento de transporte’ (-24,4%) e ‘indústrias do papel, impressão e reprodução’ (-21,6%).

Em novembro, 121.402 estavam desempregados há mais de um ano, menos 29,4% que em igual mês de 2019 (-50.516 pessoas), e -1,3% que em outubro (-1.598).

Já os inscritos há menos de um ano totalizavam 175.321, tendo-se observado aumentos em cadeia de 5,5% (+ 9.196) e homólogos de 0,8% (+1.355).

Os grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados no Continente eram em novembro os ‘trabalhadores não qualificados’ (26,6%), ‘trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores’ (20,5%), ‘pessoal administrativo’ (11,5%) e ‘especialistas das atividades intelectuais e científicas’ (11,0%).

Quanto às ofertas de emprego por satisfazer, no final de novembro totalizavam 15.934, nos serviços de emprego de todo o país, número que corresponde a uma diminuição anual (-5.892; -27,0%) e face ao mês anterior (-1.606; -9,2%) das ofertas em ficheiro.

Já as ofertas de emprego recebidas em novembro totalizaram 8.761 em todo o país, um número inferior em 2.810 às recebidas no mês homólogo (-24,3%) e em 768 às do mês anterior (-8,1%).

As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (sendo que neste caso o IEFP considera apenas os dados relativos ao Continente) foram as ‘atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio’ (17,8%), o ‘comércio por grosso e a retalho’ (14,2%) e a ‘administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social’ (10,4%).

As colocações realizadas durante o mês de novembro totalizaram 6.392 em todo o país, um número inferior ao verificado em igual período de 2021 (-1.224; -16,1%) e ao mês anterior (-364; -5,4%).

A análise das colocações efetuadas, por grupos de profissões (dados do Continente), mostra uma maior concentração nos ‘trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores’ (20,6%), nos ‘trabalhadores não qualificados’ (20,4%), e nos ‘trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices’ (12,0%).

 

Com Lusa