Petição quer banir uniformes escolares de sex shops e pornografia

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[Fotografia: Thirdman/Pexels]

Alunos da escola secundária de Sandbach, a sul de Manchester, no Reino Unido, lançaram uma petição online onde pedem ao governo que legisle no sentido de por fim à comercialização de uniformes escolares nas sex shops e ao seu uso na pornografia.

A iniciativa, liderada por um grupo de alunos já soma três mil subscritores, é vincado que “os uniformes escolares são usados pela maioria dos alunos até os 16 anos” e que “é nojento que a sexualização e fetichização de crianças sejam aparentemente toleradas por esses estabelecimentos e empresas”.

O texto que acompanha a mesma petição (que pode ser lido no original aqui, em inglês) defende que “a venda em sex shops e uso [destes uniformes] por clientes de pornografia está a glamorizar e normalizar os atos sexuais com crianças”.

Por isso, prossegue o mesmo documento, tal está a “capitalizar a exploração sexual de crianças e a priorizar o lucro sobre a segurança de milhões de crianças”. “Ao permitir que isso seja legal, perpetua uma sociedade na qual as pessoas sentem que é aceitável sexualizar crianças”, conclui.

“De facto, existe uma sexualização em particular das raparigas, vestidas de uniforme escolar, na pornografia, em sex shops e que são vendidos como adereços neste mercado, o que é mesmo muito preocupante e faz com que os mais novos se sintam desconfortáveis e sexualizados”, explicou a professora em matérias como Saúde, Cidadania e Economia e co-coordenadora da escola. Para Sarah Maile, em declarações à televisão local Cheshire e citada pelo jornal Daily Express, está a “perpetuar-se a ideia de que é está tudo bem em sexualizar crianças”.

A petição, segundo refere a co-coordenadora, está a ser liderada por raparigas de um grupo feminista que frequentam a escola, e que é composto por 40 elementos com idades entre os 14 e os 18 anos. “Elas querem a mudança. Não acreditam que isto possa ser legal, e eu apoio-as totalmente”, acrescenta Sarah Maile.

“Elas têm um real sentido de justiça social. São crianças e o facto de serem elas a pedirem ao governo para proibir essa hipersexualização das suas roupas escolares é terrível, estou muito orgulhosa delas e a escola tem sido solidária”.