
“É uma honra apresentar as primeiras moedas em circulação da nação dedicadas a celebrar as mulheres americanas e as suas contribuições para a história americana”. Foi com esta frase que o vice-diretor da Mint, Ventris Gibson, anunciou o lançamento de uma unidade monetária de 25 centavos norte-americana que, pela primeira vez, vê gravada o rosto de uma mulher negra: a poetisa e ativista Maya Angelou.
Será ela, a autora de I Know Why the Caged Bird Sings, a primeira figura a integrar a comemoração prevista pelo American Women Quarters Program, assinado em janeiro de 2021. Angelou nasceu no Missouri em 1928 e morreu em 2014, foi ensaísta, poetisa e trabalhou com Martin Luther King Jr. e Malcolm X durante o Movimento dos Direitos Civis.
A secretária do Tesouro, Janet Yellen, afirmou, em comunicado, estar “orgulhosa” por essas moedas celebrarem as contribuições de algumas das mulheres mais notáveis da América. “Cada vez que redesenhamos nossa moeda, temos a oportunidade de dizer algo sobre nosso país – o que valorizamos e como progredimos como sociedade”, acrescentou.
As figuras femininas históricas eleitas
Para lá de Maya Angelou, Sally Ride, a primeira mulher americana no espaço, Wilma Mankiller, a primeira chefe feminina da Nação Cherokee, Nina Otero-Warren, líder sufragista do Novo México, e Anna May Wong, estrela de cinema sino-americana, serão os rostos de 2022.
Recorde-se que o ex-presidente Barack Obama lançou um projeto para colocar o rosto de Harriet Tubman na nota de 20 dólares, mas a proposta, submetida sob a presidência de Donald Trump, não prosseguiu. Colocar Tubman, uma mulher negra que escapou da escravidão e que se tornou líder do movimento abolicionista pré-Guerra Civil, no projeto de lei seria uma “honra”, mas projetar notas leva tempo, explicou Yellen, em setembro.
Com agências