Queixas contra hospitais e maternidades aumentaram 33% de janeiro a maio de 2022

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[Fotografia: Roger Brown/Pexels]

Só nos primeiros cinco meses deste ano, o número de reclamações dos utentes dirigidas a Hospitais e Maternidades registaram um aumento de 33%. Uma variação face a igual período do ano passado, recolhido e divulgado em comunicado pelo Portal da Queixa.

De acordo com a mesma entidade, “mais de 70% queixa-se da falta de qualidade no atendimento por parte dos profissionais das unidades de saúde”, lê-se na nota enviada às redações, com destaque para o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, sendo “a unidade de saúde com mais reclamações”.

Aliás, esta unidade recolhe “o dobro das queixas em relação às outras unidades hospitalares” e seguem-se-lhe “o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Hospital Vila Franca de Xira, Hospital de Santa Maria (Lisboa) e o Hospital de São João (Porto)”.

“Sobre os principais motivos de reclamação apresentados pelos utentes: 74% queixa-se da falta de qualidade no atendimento por parte de médicos, enfermeiros e outros funcionários, bem como, no atendimento telefónico; problemas com consultas (marcação, remarcação e cancelamento) geraram 22% das reclamações; dificuldades com o pagamento e faturação de consultas/exames (2%) e outros motivos (2%)”, refere o mesmo comunicado.

Recorde-se que cinco serviços de ginecologia e obstetrícia de hospitais em várias zonas do país registaram constrangimentos ou encerramentos nos últimos dias, o que levou o governo a apresentar planos de curto e longo prazo para gerir esta crise nas urgências.

Entre as medidas está a criação de uma comissão nacional e regional de acompanhamento que pretenda criar “maior coordenação” entre os hospitais e maternidades, abertura de vagas para médicos para especialidades – 50 delas em ginecologia e obstetrícia – e reuniões com sindicatos do setor para reavaliar valores pagos a médicos.