Reabertura das lojas de roupa: O que pode tocar e o que não deve provar

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A tendência do ano está definida: a peça que vai estar mais na moda vai ser mesmo ser a máscara de proteção facial contra a Covid-19. Numa altura em que as lojas de mass market entram numa segunda fase, com a abertura dos espaços com 400 menos quadrados prevista para esta segunda-feira, 18 de maio, – e ainda antes das grandes superfícies comerciais, previstas para 1 de junho – estas são as regras que são necessárias cumprir por lojistas e por clientes.

Certo é que dificilmente entrará em alguns destes espaços se não estiver a usar proteção contra a propagação do novo Coronavírus ou se, à porta, não coloque gel desinfetante, que deve estar abundantemente presente nos espaços. Também as lojas estarão agora um pouco diferentes do habitual, com muito mais sinalética, mobiliário com nova disposição, mais desimpedidas e distanciamento entre todos os clientes e, em muitos casos, com maior espaçamento entre as caixas de pagamento, agora com barreiras de acrílico.

Provadores fechados ou a meio-gás e trocas higienizadas

“Quarentena de 48 horas para todas as devoluções”, refere a H&M, que avisa desde já que os provadores vão estar temporariamente encerrados.

A Inditex – grupo que detém a Zara, a Massimo Dutti, e, entre outros, a Berskha – fez já saber, ainda que sem resposta direta ao Delas.pt até ao momento de publicação da peça, que irá manter os provadores disponíveis, mas sob apertada vigilância, podendo ser depois usados após a higienização entre cada utilização, pedindo aos clientes que coloquem as peças provadas num cesto para o efeito.

A cadeia Mango segue medidas semelhantes, com a monitorização dos acessos às cabines, que estarão abertas de forma intercalada entre si. Depois das provas, as peças serão desinfetadas a altas temperaturas.

“Estamos a seguir de perto todos os conselhos de segurança feitos pelo governo e tratá-los-emos como o padrão mínimo em todas as nossas lojas. Implementaremos medidas rigorosas de saúde e segurança, que incluem um rigoroso protocolo de distanciamento social, fornecendo proteção pessoal a funcionários e clientes e maior limpeza nas lojas”, respondeu fonte oficial da Primark ao Delas.pt.

A cadeia de mass market não descarta que a nova realidade se trate de “território desconhecido” para todos e, por isso, refere que “irá monitorizar continuamente as reaberturas e as políticas de saúde e segurança para garantir que está a ser feito o melhor possível para ajudar a proteger trabalhadores e clientes.”

E a lingerie e os fatos de banho?

Marca portuguesa de fatos de banho Latitid, e que se prepara para reabrir a loja em Lisboa a 1 de junho, permite apenas um cliente à vez no Porto e três em Lisboa. Quanto a provas, houve já mudança de provadores para distâncias de três metros entre si, mas a marca tem outra proposta. “Estamos a dar opção das clientes não experimentarem na loja, poderem levar para casa e, se não gostarem, devolver após 48 horas”, especifica Inês Fonseca, fundadora da marca. Peças que ficarão de quarentena durante dois dias.

Ao Delas.pt, o grupo Calzedonia e Intimissimi revela, cumprindo “o Guia de Boas Práticas para os Setores de Comércio e Serviços”, que “os provadores vão ter uso condicionado” e será dada “garantia do distanciamento físico mínimo de dois metros entre as pessoas”.

Bijuteria, óculos de sol e relógios não podem ser provados

“Numa fase inicial, por uma questão preventiva não será permitido que os clientes experimentem artigos como bijuteria, óculos de sol e relógios”, avança a Parfois, em declarações ao Delas.pt. Quanto a devoluções, a marca refere que será cumprido “um protocolo de quarentena específico”.

As medidas de proteção e segurança estão definidas e vão, refere fonte oficial, “desde a receção de mercadoria e regras para alterações de turno, até à desinfeção e limpeza das lojas”.

Até ao momento não foi ainda possível obter respostas detalhadas da C&A e da Modalfa.

[Em atualização]