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Sexo: quando a quantidade importa mais do que a qualidade

O sexo liberta substâncias que aliviam a dor - Durante o sexo, as endorfinas – analgésicos naturais do corpo - inundam o corpo e o cérebro, facilitando qualquer desconforto. Para algumas pessoas, pode mesmo curar uma dor de cabeça.
Queima calorias - O sexo não é tão bom quanto outras formas de exercício, mas certamente queima algumas calorias. Um estudo realizado na Universidade de Montreal, garante que durante uma sessão de 30 minutos, os homens queimam uma média de 101 calorias, enquanto as mulheres queimam 69.
Aumenta o sistema imunitário - Outro estudo, que reuniu uma série de estudantes que fizeram sexo pelo menos uma vez por semana, confirmou que tinham níveis mais altos de um determinado anticorpo - vital para combater as doenças. De facto, os níveis eram 30% mais altos do que naqueles que não tinham sexo algum.
Previne problemas cardíacos - De acordo com o NHS (National Health Service), qualquer coisa que exercite o coração é bom e sim, isso inclui sexo. Mas os benefícios dependem de quão rigoroso está a ser ao fazer isso. Em média, o pico da frequência cardíaca durante o sexo é quase o mesmo que subir um lance de escadas.
Diminui o stresse - Uma outra pesquisa, provou que o sexo com penetração ajuda as pessoas a lidar melhor com os níveis de stress, mas todos os tipos ajudam as pessoas a relaxar.
Reduz o risco de cancro da próstata - As ejaculações frequentes parecem estar ligadas a uma diminuição do risco de cancro de próstata - garante um estudo.
Aumenta a sensação de bem-estar - O sexo também pode aumentar a sua sensação de bem-estar. De acordo com um estudo que reúne 3.000 americanos, com idades entre 57 e 85 anos, as pessoas que faziam sexo classificaram sua saúde geral mais alta do que aquelas que não estavam tinham relações sexuais.
Reduz o risco de uma úlcera - Um casamento feliz pode influenciar, em homens, a redução do risco de angina (doença cardíaca) e úlceras no estômago - de acordo com a pesquisa.
Reduz a pressão arterial - Os amantes de abraços, provavelmente terão pressão arterial mais baixa - segundo um estudo de 2003. Casais que seguravam as mãos uns dos outros por 10 minutos e depois abraçados por 20 segundos não estavam tão preocupados com o stress.
Melhora a qualidade do sono - Através da libertação de oxitocina, que ajuda a que a pessoa fique mais sonolenta.
Faz com que os homens estejam mais em contacto com as suas emoções - Na sequência de uma pesquisa do Centro Médico da Universidade de Groningen, os resultados mostram que há aumento do fluxo sanguíneo para a ínsula - uma área que está ligada ao processamento de emoções, dor e calor.
Ajuda a melhorar a memória - O sexo pode melhorar o desempenho das pessoas em testes de memória a curto prazo, de acordo com um estudo do início de 2018.
Ajuda a reduzir os níveis de ansiedade - O fluxo sanguíneo diminui para a amígdala durante o sexo - a área do cérebro que está ligada a distúrbios de ansiedade. O excesso de sangue que pode fluir para a amígdala pode aumentar a probabilidade de desenvolver um transtorno de ansiedade ou de outros problemas de saúde mental, então as relações sexuais podem ser uma maneira de reduzir esse risco.

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Estudos recentes referem que os millennials não fazem tanto sexo como as gerações anteriores, chegando mesmo a afirmar que as séries surgem como primeira opção face às relações sexuais. Ainda assim, a quantidade de sexo continua a ser uma medida importante – seja para os casais de longa duração que têm menos relações do que antes ou para os solteiros que ficam longos tempos sem o fazer.

Mas será que a quantidade de vezes que fazemos sexo importa assim tanto, ou a qualidade será melhor medidor? Para a sexóloga espanhola Sonia Encinas, entrevistada pela revista feminina S Moda, a grande maioria dos estudos feitos até à data foca-se sempre na quantidade de vezes que se deve fazer sexo e não aborda a qualidade das relações e a sua importância.

“Vivemos numa sociedade hipersexualidade e de rendimento. Temos que ter rendimento no trabalho e em todos os outros aspetos da nossa vida, incluindo o sexo”, afirma a psicóloga clínica e sexóloga Carme Sánchez ao mesmo meio de comunicação, acrescentado ainda que “valorizamos mais a quantidade do sexo do que o próprio desejo sexual ou a vontade que a pessoa tem“, afirma.

Para a especialista, a questão da quantidade do sexo acaba por nos cansar, tal e qual como a rotina do trabalho o faz, porque esta acaba por se tornar mais uma “tarefa da lista diária” que temos que ver cumprida.

E esta é uma realidade que se coloca também às mulheres portuguesas. Segundo dados recolhidos pelo maior estudo sobre as mulheres alguma vez feito em Portugal, levado a cabo pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, as portuguesas valorizam mais o prazer que o número de relações sexuais, preferindo a quantidade de orgasmos à quantidade de sexo.

A pressão da comparação continua a ser real

Apesar disso, a pressão para ter relações sexuais continua a ser real. Carme Sánchez afirma inclusive que a comparação com a quantidade de sexo que os outros dizem ter é um dilema atual. E, tal como Sonia Encinas, afirma que, não raras as vezes, as pessoas acabam por mentir em relação ao tema para não se sentirem, de alguma forma, inferiores ou menos ativas.

“A versão assimilada pela maioria é a de que quando mais, melhor”, afirma a Carme Sánchez, contando a história de que vários casais chegam ao seu consultório a afirmar que têm problemas nas suas relações mas que, no fim, chegam à conclusão que apenas se estão a comparar às suas amizades, explica.

Para Sonia Encinas, continuar a alimentar a ideia de que temos que ter um número específico de relações sexuais é “uma loucura absoluta“, acrescentando ainda que esta ideia é apenas “um medidor de frustrações e todos os dados que a suportam estão longe da realidade”.

O que ambas as especialistas afirmam é que, de facto, devemos desfrutar do momento e valorizar a qualidade de cada ato em vez de nos preocuparmos com a quantidade de vezes que mantemos relações sexuais com os nossos parceiros. Até porque há pessoas que podem ter desejo sexual para ter relações todos os dias e outras que, por sua vez, ficam satisfeitas com um encontro sexual por semana.

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