
O fim do isolamento social não acaba com os cuidados para evitar a propagação do novo Coronavírus em matéria sexual. A vida pode recuperar alguma normalidade, mas há requisitos que vão continuar a ter de ser cumpridos devido ao risco da doença.
No entanto, depois de tanto tempo de afastamento e de procurar novas formas de comunicação a dois – com o sexting (envio de textos de cariz sexual) a tomar as rédeas – o que virá depois? Susana Dias Ramos não está muito confiante. A especialista em Sexualidade Clínica e Terapia de Casal crê que os problemas de comunicação podem estar para ficar.
A psicóloga, que tem vindo a dar um conselho por dia a casais para apimentar a relação em tempo de confinamento, considera que “tudo o que envolva o menor gasto energético possível com o outro é bem-vindo. Nunca pensei, sou sincera, que tão rápido se estendesse ao sexo”, desabafa.
Não acredita que o sexting tenha tido “uma maior aderência devido aos tempos que se vivem”. “Quem já o usava continua a fazê-lo só que com maior regularidade, qualidade e ousadia. Para quem nunca usou, poucas são as pessoas que lhe dão início nestes tempos em que estão mais afastadas e receosas”.