Sintomas que revelam falta de cafeína e quais os melhores substitutos

pexels-burst-373948
[Fotografia: DR]

Quase uma semana depois da interdição de vender cafés nos cafés, como continuar a vencer esta carência? E possível fazê-los em casa, com máquinas que procuram assemelhar-se aos que se vendem fora do domicílio e até com receitas alternativas mais ao gosto de cada um, mas há, de facto, algo que diz que não se trata bem da mesma coisa.

Ritual, momento de pausa ou até de socialização. Deixar de tomar café representou a interrupção de tudo isso na vida dos portugueses, em tempo de Estado de Emergência com confinamento reforçado. Para muitos, a privação foi ainda mais longe e os sintomas da ressaca podem ainda estar a fazer efeito, fruto da interrupção do consumo de cafeína, uma substância estimulante.

Fadiga e falta de energia são, previsivelmente, os sintomas prevalentes de quem deixa de consumir cafeína ou que a reduz substancialmente. Aliás, elas constituem exatamente a razão pela qual se consome tanto cafre. No entanto, há seis sinais de privação que podem não ser tão evidentes e que, possivelmente, sentiu na última semana. Confira e veja se também aconteceu consigo.

Dores de cabeça: A mudança repentina no fluxo sanguíneo cerebral – a cafeína promove a restrição de vasos sanguíneos – pode provocar cefaleias. O cérebro levará algum tempo até se adaptar a esse novo fluxo.

Ansiedade: A cafeína é um estimulante que aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e as hormonas de stress como o cortisol e epinefrina. E se o consumo de cafeína pode causar ansiedade, cortá-la também pode gerar esse mesmo efeito, caso o corpo se tenha tornado física e mentalmente dependente do café.

Dificuldade de concentração: É uma das principais razões pelas quais grande parte das pessoas ingere café, para aumentar o nível de concentração. Perante a privação, é comum os batimentos cardíacos e a pressão arterial baixarem, as ligações entre neurotransmissores abrandarem e, com tudo isto, sentir quebra na atenção em tarefas específicas.

Modo depressivo: A cafeína é também conhecida por aumentar os níveis de boa disposição. Com maior atenção, mais foco e mais pressão arterial, este estimulante proporciona sensação de bem-estar e energia.

Irritabilidade: Com tantas mudanças abruptas no quotidiano, é natural que a irritabilidade se instale e é bem possível que seja mais fácil encontrar culpados do que a carência de café. Mas a ausência do consumo, para os adictos, também tem esta capacidade. Estima-se que os efeitos do café permaneçam no corpo entre quatro a seis horas, logo, sintomas como a irritação podem instalar-se quase de imediato.

Tremores: Beber café a mais leva a palpitações, mas a falta dele também. Como estimulante do sistema nervoso central, a falta de cafeína pode levar a este tipo de reação sobretudo nas mãos e que pode ir de dois a nove dias.

Mesmo com café em casa ou ingerindo bebidas que contenham cafeína – que são bastantes disponíveis no mercado – há forma de substituir a carência com outros alimentos que ajudem a manter a energia.

O cacau pode bem ser o aliado matinal. Rico em teobramina, substância semelhante à cafeína, pode ajudar a lidar com níveis de fadiga e fazer aumentar a concentração.

Beber um copo de água com limão e gengibre logo pela manhã também ajuda a acordar o corpo e a começar a fazê-lo trabalhar harmoniosamente. Os resultados podem ser visíveis ao fim de alguns dias.

Sementes de Chia e comer fibras. Se a primeira tem propriedades benéficas ao nível da saúde da pele, equilíbrio do açúcar no sangue e funciona como impulsionadora de energia, ingerir fibras vai fazer com que o trânsito intestinal melhore, ajudando na energia e na sensação de bem-estar.