‘Vogue’ acusada de aclarar pele de Kamala Harris

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California Attorney General Kamala Harris speaks at the Facebook headquarters in Menlo Park, California February 10, 2015. Harris, who is seeking a U.S. Senate seat, addressed a group of school children on Safer Internet Day. REUTERS/Robert Galbraith (UNITED STATES - Tags: SCIENCE TECHNOLOGY HEADSHOT PROFILE SOCIETY BUSINESS) - RTR4P2R4

Kamala Harris, com 56 anos, é a primeira mulher, negra e filha de emigrantes a tornar-se vice-presidente dos Estados Unidos da América, prepara-se para tomar posse a 20 de janeiro e foi capa da edição de fevereiro da edição norte-americana da revista Vogue. Contudo, chega envolta em duas polémicas: a de lhe ter sido aclarada a pele nas fotografias e a de ser uma produção “demasiado leve” para o momento que o país atravessa.

Nas fotografias da autoria de Tyler Mitchell, as acusações falam em branqueamento da pele da democrata eleita para o segundo mais alto cargo do país.

Críticas que se fizeram ouvir mal a capa foi revelada e que obrigaram a Vogue a uma reação, desmentindo ter feito isso mesmo, segundo avançou o jornal The New York Post. Segundo o tablóide que cita fontes da revista, a equipa de Kamala Harris esteve presente durante todo o processo, com total controlo na escolha da maquilhagem, cabelos e das roupas, que diz serem mesmo pertença da vice-presidente eleita.

Numa das imagens, a que será capa na edição em papel, Harris surge de casaco e calças pretos e uns ténis Converse Chuck Taylor , numa outra e para a versão digital da revista, apresenta-se com um fato azul Michael Kors. Esta é, aliás, a segunda crítica feita à capa, com analistas a considerar a produção fotográfica demasiado “leve” para esta fase vivida nos EUA.

Num comunicado oficial, a Vogue diz ter “adorado” o ensaio fotográfico de Mitchell – o primeiro fotógrafo negro a retratar uma capa para a Vogue, na ocasião com Beyoncé e para a edição de setembro de 2018 – e sentiu que este tom mais informal “captou a natureza autêntica e acessível do vice-presidente eleita”. “Consideramos ser uma das marcas da administração Biden /Harris”, diz a nota citada pela imprensa norte-americana.