Dezenas de pesquisas contra o vírus Zika estão a ser desenvolvidas atualmente, mas nenhuma vacina estará disponível para mulheres em idade fértil antes de 2020, anunciou hoje Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Cerca de 40 vacinas permanecem em estudo. Algumas estão em fase de ensaios clínicos, mas uma vacina considerada segura o suficiente para ser usada por mulheres em idade fértil não poderá ser totalmente licenciada antes de 2020”, disse a diretora-geral da OMS.
Há exatamente um ano a OMS decretou que o vírus Zika, ligado a anormalidades cerebrais graves em crianças, representava uma “emergência de saúde pública de alcance global.”
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Este estado de emergência foi retirado em 18 de novembro, quando a organização considerou que “um forte mecanismo técnico de longo prazo a havia obrigado a a dar uma resposta global.”
“Um ano depois, onde estamos? A propagação internacional do vírus continuou, mesmo com um monitoramento melhor. Cerca de 70 países e territórios nas Américas, África, Ásia e no Pacífico Ocidental têm relatado casos de vírus Zika desde 2015”, acrescentou Margareth Chan.
O vírus Zika, que afetou principalmente o Brasil, é transmitido pela picada do mosquito ‘Aedes aegypti’ e através de relações sexuais.
A doença tem sido apontada como causa de problemas neurológicos em adultos e de defeitos congénitos como a microcefalia, que foi observada em fetos e recém-nascidos de mães infetadas pelo vírus Zika durante a gravidez.
Imagem de destaque: Mike Segar/Reuters