Oprah Winfrey envolve-se na luta contra o cancro do colo do útero

HL_Day01_080516_QC_0066.JPG
The Immortal Life Of Henrietta Lacks Deborah Lacks (Oprah Winfrey) mourns for the mother she never knew Spring 2017

A medicina deve muito a Henrietta Lacks, a mulher que ficou célebre sem fazer por isso. A lavradora de tabaco no sul dos Estados Unidos da América, descendente de escravos, morreu de cancro do colo do útero aos 30 anos. Tudo isto teve lugar há mais de seis de décadas e muitos dos avanços da medicina na área da oncologia advêm da doença pela qual aquela mulher passou.

Agora é a vez da apresentadora televisiva norte-americana Oprah Winfrey ser a protagonista, resgatando esta história até aos nossos dias. Mas já lá vamos!

Quando, em 1951, um médico retirou tecido humano de Henrietta Lacks, sem autorização da própria para uma biópsia, não fazia ideia que estava a iniciar mais uma revolução médica.

As células desta afro-americana, em fase terminal devido a um cancro, começaram a reproduzir-se em laboratório e esse processo nunca mais foi interrompido até hoje. Transformaram-se na ferramenta biológica que ajudou a desenvolver terapias para combater não só o cancro como a sida.

É esta a história que a HBO conta em A Vida Imortal de Henrietta Lacks, dirigido por George C. Wolfe, com estreia marcada para domingo, 23 de julho, às 21h30, na TVCine1. A película repete a 2 de agosto.

a carregar vídeo

A reação da família, que não autorizou a colheita das células, é explorada no filme pela brilhante interpretação de Oprah Winfrey. A famosa apresentadora de televisão norte-americana veste a pele de Deborah Lacks, filha mais velha de Henrietta, na adaptação do livro homónimo A Vida Imortal de Henrietta Lacks, escrito por Rebeca Skoolt em 2011.


Conheça o que está a ser feito em matéria da deteção da doença em Portugal

A eficácia da vacina HPV no combate à doença e o plano nacional de vacinação


O filme aborda temas complexos e emotivos – como as questões raciais, a religião, a cultura e a ética – através da relação da jornalista Rebeca Skoolt, autora do livro que cede nome ao filme, com Deborah Lacks. A trama centra-se, sobretudo, na procura incessante desta filha em querer conhecer melhor a mãe, que teve papel impactante na medicina universal.

Imagem de destaque: Divulgação