
Os relatos de assédio sexual estão a tornar-se cada vez mais constantes no desporto feminino. Depois de Luis Rubiales ter beijado sem consentimento a jogadora espanhola Jenni Hermoso, chega agora o relato da ex-desportista francesa Angélique Cauchy.
Esta terça-feira, 12 de setembro, a atleta, ex-jogadora de ténis, denunciou no Palácio de Bourbon, em Paris, o treinador Andrew Gueddes que, alegadamente, a “violava três vezes por dia” durante o período da adolescência.
A declaração da ex-tenista foi dada diante de uma comissão de investigação que foi lançada em julho e aponta contra o treinador, condenado em 2021 a 18 anos de prisão por violar e agredir sexualmente quatro menores entre os 12 e os 17 anos.
A ligação de Cauchy com Gueddes começou em 1999 quando o responsável começou a treiná-la no clube Sarcelles, aos 12 anos de idade.
A vítima contou que o treinador levava as meninas para La Baule, longe de casa, onde acabava por violá-las: “Foram os piores 15 dias da minha vida, ele violava-me três vezes por dia. Na primeira noite pediu-me para ir ao seu quarto e eu não o fiz. Ele entrou no meu. Foi pior”.
“Vivi entre os 13 e os 18 anos a pensar que tinha SIDA”, revelou a própria, segundo avança o jornal francês Le Parisien.
Alegadamente, o treinador dizia a Angélique Cauchy que o abuso sexual era “normal” entre treinadores e alunas, devido ao tempo que passavam juntos. “Mas eu não queria, ele tinha a idade da minha mãe”, acrescentou.