APAV recebe pedidos de intervenção na relação de Liliana e Bruno de Carvalho

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[Fotografia: Divulgação TVI]

A forma como Bruno de Carvalho trata Liliana Almeida já é motivo de pedidos de intervenção junto da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), feitos por anónimos. “Temos recebido mensagens nas redes sociais com pedidos para intervir neste caso”, confirma ao Delas.pt, Daniel Cotrim, psicólogo e responsável na APAV.

Ao contrário de edições anteriores, nesta, conduzida pela apresentadora Cristina Ferreira, os alertas de uma eventual relação tóxica não têm chegado tanto por via telefónica, mas mais via online e são, neste momento, cerca de “menos de uma dezena”, especifica.

Ao Delas.pt, Cotrim reitera que a “APAV não vai comentar nem este, nem nenhum caso concreto, nunca o fez”. Porém, assegura que a entidade – que trabalha, entre outras formas de vitimização, diretamente com violência doméstica e no namoro – “está a ver e está atenta ao que se está a passar”. Refere que não intervirá diretamente, não é essa a prática, mas lembra que, tratando-se de crime público, é possível qualquer pessoa apresentar “queixa à ERC, à TVI e às autoridades competentes [GNR, PSP, Ministério Público], se o entenderem”.

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[Fotografia: DR]
O psicólogo sublinha, contudo, que se trata de “um jogo, com imagens que podem ser editadas, que não há certeza de acesso à totalidade da informação”. Mais: prossegue: “Deve ser tomado em análise se, numa relação, as pessoas são livres de tomar decisões e de não estarem condicionadas uma à outra.”

Tratando-se, então, de um jogo num formato televisivo, o sinal que está a ser emitido pela estação de Queluz de Baixo a um auditório largamente superior a um milhão de espectadores portugueses aos domingos à noite não é perigoso? O responsável da APAV lembra, distinguindo não se tratar de um comentário ao Big Brother Famosos e a este caso em concreto: “Os órgãos de comunicação social devem passar imagens positivas, de pessoas livres e de relacionamentos em que essa liberdade acontece.”

Mas, afinal, o que se passa?

Há já alguns dias que tem sido evocada a eventual pressão de Bruno de Carvalho no âmbito da relação com Liliana Almeida, com a comentadora do formato Ana Garcia Martins, mais conhecida como ‘A Pipoca Mais Doce’, a tomar a dianteira desta chamada de atenção.

“De há duas ou três semanas para cá comecei a alertar para alguns sinais desta relação e de tão perigosa que parece (…) Acho que esta relação é perigosíssima, acho que é abusiva, acho que o comportamento do Bruno sobre a Liliana é perigoso e acho que mais perigoso do que isso é muitas vezes sentir que o programa é quase refém do Bruno”, afirmou, na semana passada.

Um olhar que não tem vindo a recolher consenso junto de outros comentadores do formato, mas tal não parece junto de algum público que começa a mobilizar-se para fazer pedidos de intervenção. “Esta chantagem que o Bruno fez esta semana toda, é absolutamente inadmissível, porque é chantagear o programa, a produção, a nós e sobretudo a quem vota. O Bruno passa a semana a dizer: ‘Se a Liliana sair, eu vou-me embora também’”, referiu.