Celine Dion mostra doença em documentário. “Não me define”

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Celine Dion [Fotografia: Alice Chiche / AFP]

“Estes últimos anos foram um grande desafio para mim, tem sido uma jornada desde a descoberta da minha doença até aprender a conviver com ela e a geri-la, mas que não me define”. Esta é o primeiro testemunho que Celine Dion, de 55 anos, deixa numa altura em que é revelado um novo documentário sobre a vida da cantora canadiana a quem foi diagnosticada Síndrome de Pessoa Rígida.

Em I Am: Céline Dion (Eu Sou Celine Dion, em tradução literal) será mostrado um ano da vida da cantora, dos bastidores do êxito à tua contra a doença neurológica que enfrenta. O documentário será exibido na Prime Video, não tem ainda data de lançamento, mas tem, claramente, um propósito: “Espero que o filme aumente a consciencialização sobre esta condição pouco conhecida”, afirma Dion num post que publicou nas suas redes sociais.

“À medida que o caminho para retomar a minha carreira artística prossegue, percebi o quanto senti falta de poder ver os meus fãs. Durante esta ausência, decidi que queria documentar esta parte da minha vida para ajudar outras pessoas que partilham este diagnóstico”, acrescenta.

A cantora enfrenta há dois anos uma doença incapacitante que, segundo os relatos da irmã, tem vindo a deteriorar-se. A meio de dezembro último, a irmã da cantora, Claudette Dion, afirmou ao site canadiano 7 Jours que a intérprete “não tem controlo sobre os músculos”. E que, apesar de “trabalhar muito” na recuperação, o regresso aos espetáculos permanece incerto. “Nos nossos sonhos e nos dela, a ideia é voltar aos palcos. Em que estado? Não sei”, afirmou Claudette Dion.

Recorde-se que a Síndrome de Pessoa Rígida, que impede o uso das cordas vocais, leva a uma rigidez progressiva, principalmente na zona das ancas e extremidades, e provoca espasmos.

Em dezembro de 2022, a cantora, que cancelou a tournée europeia, explicou, numa mensagem em francês e inglês nas suas redes sociais, que, “infelizmente, esses espasmos afetam todos os aspetos da vida diária”. E detalhou: “Às vezes causam dificuldades quando ando e não me permitem usar minhas cordas vocais para cantar da maneira que estou habituada”.