Inês de Sousa Real: “É com tristeza que assumo este mandato sozinha”

Legislativas: Debate televisivo entre os candidatos António Costa e Inês Sousa Real
[Fotografia: Armanda Claro/TVI/Lusa]

O relógio batia a uma da manhã de segunda, 31 de janeiro, quando a porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês de Sousa Real, subiu ao palco para falar sobre a eleição como deputada única e já no limite das contagens, na última freguesia por apurar.

“É com tristeza que assumo este mandato sozinha. Na próxima eleição seremos muitos mais”, afirmou a porta-voz do partido. Inês de Sousa Real fala em “mau resultado para o PAN e para a democracia”.

Se por um lado, diz a porta-voz, tal não “reflete o trabalho empenhado”, por outro os resultados vêm confirmar “o que o PAN temia: o chumbo no Orçamento do Estado foi o abrir da porta ao populismo, racismo, xenofobia. Veio a provar-se o que PAN disse que viria a acontecer.

Para já, a promessa é clara: “Temos longo caminho para trilhar”, “continuaremos a trabalhar com o mesmo afinco nas causas ambiental e animal”.

Inês de Sousa Real alerta para os perigos da maioria absoluta que, afirma, “não é desejável para o País”, sob pena de “deixar para trás a capacidade de diálogo”, de “não haver pluralidade democrática como seria desejável”.

Já sobre o futuro dentro do partido, o PAN conquistou, em 2019, quatro deputados, passando agora apenas a uma: a própria porta-voz. Mas sobre esta matéria, Inês de Sousa real abre a porta ao diálogo, hipótese que deixava em aberto ainda em início da noite eleitoral, à chegada ao Centro Cultural de Belém. “É um partido plural, democrático, vai fazer reflexão interna”.