Museu do Fado faz 20 anos e a festa invade Lisboa

O Museu do Fado celebra 20 anos e novembro foi o mês escolhido para as comemorações, com uma série de atividades que vão invadir Lisboa, a partir desta terça-feira. A festa começa com o lançamento do primeiro disco de Francisco Salvação Barreto, “Horas da Vida”, às 19h, no São Luiz Teatro Municipal.

Este lançamento, com edição do próprio Museu do Fado, teve direção de voz de Camané e é a aposta num novo talento do elenco da casa de fados Sr. Vinho, de ontem têm saído fadistas bem conhecidos do grande público.

De 23 e 27 de novembro, a História do Fado será contada num espetáculo de “video-mapping” projetado na fachada do Museu três vezes por noite – às 20h30, 21h e 21h30 – com participações de Mariza, Camané, Carlos do Carmo e José Manuel Neto.

Também a 23, inaugura uma exposição – patente até 31 de dezembro – sobre um dos nomes maiores de sempre do fado, Maria Teresa de Noronha, cujo centenário do nascimento se comemora em 2018.

Por fim, a 24 novembro, às 21h, o Pequeno Auditório do CCB recebe, no âmbito do ciclo Há Fado no Cais, co-produzido pelo Museu do Fado, o concerto de apresentação do primeiro disco de Gaspar, jovem talento da guitarra portuguesa e bisneto de Celeste Rodrigues, irmã de Amália. Com apenas 15 anos Gaspar lança o seu primeiro álbum, também pela Museu do Fado Discos.

O Museu do Fado foi inaugurado a 25 de setembro de 1998, ano da Expo 98 e do Nobel de Saramago. Tornou-se num verdadeiro centro cultural do típico bairro de Alfama e ponte de passagem e de encontro obrigatórios para a comunidade de amantes do fado.

Exposições, concertos, festivais, edições discográficas, um centro de documentação, workshops e cursos, oficinas pedagógicas, um arquivo online de gravações históricas, um auditório com atividades são o resultado do trabalho construído por este espaço emblemático da capital, ao longo de duas décadas. Na galeria, em cima, veja alguns dos maiores fadistas da nova geração, que fizeram carreira e se destacaram nos últimos 20 anos.

As comemorações dos 20 anos do Museu do Fado acontecem dias antes de se assinalar mais um aniversário da morte de Severa (a 30 de novembro), figura da história lisboeta a que se atribui as origens do género como o conhecemos hoje e que serviu de inspiração ao mais recente livro de Maria João Lopo de Carvalho, cuja entrevista pode ler aqui.

 

“A morte da Amália deixou um espaço aberto para aparecer alguém, e apareci eu”

Um minuto à queima roupa com Cuca Roseta