Mary Donaldson. Rainha consorte da Dinamarca “elegante à noite e dinâmica de dia”

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Mary Donaldson, futura rainha consorte da Dinamarca [Fotografia: Mads Claus Rasmussen / Ritzau Scanpix / AFP]

Menos de um mês de completar 52 anos, a plebeia australiana Mary Donaldson deverá tornar-se rainha consorte da Dinamarca. O marido, príncipe Frederico, é o herdeiro da coroa que, no final do ano, no último dia de 2023, ficou a saber-se que iria assumir o trono na sequência do anúncio de abdicação da rainha e sua mãe, Margarida II. Uma decisão que apanhou todos de surpresa uma vez que quer na Dinamarca, quer nas outras monarquias nórdicas, não há tradição de abdicar, sendo o mais comum os monarcas exercerem o mandato até à morte. Mais: Margarida II já tinha afirmado publicamente não ter intenções de abandonar o trono e que a condição de rainha “era um dever para toda a vida”.

Contudo, o caso mudou de figura e a entronização de Frederico X irá acontecer em janeiro, dois meses depois de um escândalo de uma alegada traição do herdeiro com Genoveva Casanova, em novembro, numa polémica que explodiu a partir de Espanha e quando os reis espanhóis estavam, coincidentemente, em visita oficial à Dinamarca, Nessa altura, surgiram imagens de paparazzi do príncipe Frederico da Dinamarca, de 55 anos, a passear em Espanha ao lado da amiga, de 47, publicadas na edição da revista Lecturas, na terça, 7 de novembro.

Apesar de estes meses terem sido conturbados para a casa real dinamarquesa, o príncipe Frederico e Mary Donaldson têm-se desdobrado agora em eventos oficiais desde o anúncio de abdicação de Margarida II e após 52 anos de reinado.

Mas, afinal, o que esperar desta advogada nascida na Austrália, o que poderá vir a fazer e como é expectável que a sociedade dinamarquesa a acolha nas novas funções de rainha consorte?

Vai encontrar a sua voz. Ela é muito atenta e fez uma coisa muita bonita – aliás, só ela e Máxima dos Países Baixos fizeram: Aprendeu primeiro a língua antes de aparecer em público ao lado do príncipe, o que cativou o coração dos dinamarqueses, tal como Máxima aproximou os neerlandeses”, recorda José Bouza Serrano.

Antigo diplomata português com longa carreira cumprida em monarquias europeias e especialista em casas reais do ‘velho continente’ não duvida que Mary Donaldson “vai fazer muito bem” como rainha consorte. “Margarida II deverá continuar como rainha, rainha mãe, e Mary poderá assumir a moda, as questões sociais e, possivelmente, o desporto”.

“Ela gosta da vida saudável, de ser elegante à noite e dinâmica de dia”, antecipa Bouza Serrano. O especialista crê mesmo que o príncipe Frederico, uma vez Rei, lhe dedicará pastas. As primeiras provas, considera o antigo diplomata, chegarão com a joalharia. “Vamos ver que joias é que a sogra [Margarida II] lhe deixa, isso será um sinal do papel que será confiado a Mary”, antecipa.